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Funcionários do Baldomero Cavalcanti são acusados de tortura

A assessoria da Intendência Geral do Sistema Penitenciário informou que os presos serão encaminhados na tarde de hoje para a realização do exame de corpo de delito. Segundo a assessoria, houve, de fato, uma tentativa frustrada de fuga, e os reeducandos foram encaminhados para o isolamento, o que é um procedimento normalmente adotado.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, Gilberto Irineu, recebeu, na manhã de hoje, por telefone, uma denúncia contra o chefe de disciplina do Presídio Baldomero Cavalcanti, conhecido como sargento Zuza, juntamente com o funcionário Marcus Alencar.

O motivo teria sido porque os cinco presos tentaram fugir na madrugada de hoje. A acusação foi feita pelos familiares dos reeducandos, que não quiseram se identificar, temendo represálias. Após ouvir a denúncia, Irineu solicitou ao Ministério Público Estadual, através da promotora Marluce Falcão, que fosse expedido em caráter de urgência ao juiz da Vara de Execuções Penais, Marcelo Tadeu, e ao intendente do Sistema Penitenciário, tenente-coronel Luiz Bulgarin, requisições para realização de exame de corpo de delito.

Na próxima segunda-feira, às 10h, os familiares dos presos agendaram um encontro com Irineu, onde irão formular a denúncia, através de um abaixo-assinado, exigindo a saída diretor daquela unidade.

O presidente da CDH, logo após ouvir as denúncias de tortura, supostamente praticadas pelo chefe de disciplina do Presídio Baldomero Cavalcanti, solicitou à promotora Marluce Falcão, que fosse expedido em caráter de urgência ao juiz da Vara de Execuções Penais, Marcelo Tadeu, e ao intendente do Sistema Penitenciário, coronel Luiz Bulgarin, requisições para realização de exame de corpo de delito, além de relatar o fato ao diretor do Departamento do Sistema Prisional de Alagoas (Desipe), coronel Agamenon Oliveira.

De acordo com a denúncia dos familiares, o sargento Zuza juntamente com o funcionário Marcus Alencar ordenaram que os presos fossem levados para o Canil do sistema penitenciário, sendo submetidos a sessões de tortura, como choques elétricos, golpes de cacete além de serem mordidos pelos cães.

A sessão de tortura causou revolta nos outros reeducandos que presenciaram o espancamento. Os presos torturados, que estavam no módulo 2, foram transferidos para o módulo 3.

A assessoria da Intendência Geral do Sistema Penitenciário informou que os presos serão encaminhados na tarde de hoje para a realização do exame de corpo de delito. Segundo a assessoria, houve, de fato, uma tentativa frustrada de fuga, e os reeducandos foram encaminhados para o isolamento, o que é um procedimento normalmente adotado.