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Combustíveis: Sintaxi acredita em cartelização

O presidente do Sindicato dos Taxistas de Alagoas, Ubiracy Correia, prestou depoimento na manhã nesta quarta-feira, 7, no plenário da Assembléia Legislativa, aos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito, que investiga indícios de irregularidades no comércio de combustível no Estado.

Fotos: Plínio Nicácio/ALE

Deputados da CPI continuam tomando depoimentos

O presidente do Sindicato dos Taxistas de Alagoas, Ubiracy Correia, prestou depoimento na manhã nesta quarta-feira, 7, no plenário da Assembléia Legislativa, aos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito, que investiga indícios de irregularidades no comércio de combustível no Estado.

Ubiracy disse acreditar na existência de cartelização nos preços dos combustíveis. “Não podemos aceitar que 80% dos postos no Estado vendam a gasolina pelo mesmo preço e que isso não seja cartelização”, declarou o sindicalista.

Sabatinado pelos parlamentares Ubiracy afirmou que sustenta a denúncia feita em maio desse ano, pelo presidente do Sindicato dos Combustíveis de Alagoas, Carlos Henrique Toledo, de que alguns proprietários de postos de combustíveis recebem o álcool diretamente das destilarias, sem pagar impostos.

O presidente do Sintaxi informou aos membros da CPI que entre 2005 e 2007 o preço do preço do gás natural veicular (GNV) foi rejustado dez vezes, sendo que, apenas seis reajustes foram concedidos pelo Governo Federal. "Nenhuma providência foi tomada pelas autoridades estaduais, no que diz respeito a esses aumentos dados pelos empresários", lamentou.

Segundo Ubiracy, com o preço elevado do metro cúbico do gás muitos taxistas estão deixando de comprar carros movidos ao GNV e partindo para o carro movidos a álcool. "Oitenta por cento da frota de táxis no Estado eram com gás, hoje esse percentual é de 60%", acrescentou.

O dirigente do Sintaxi declarou que os proprietários de postos de combustíveis tem um lucro de 47%."O metro cúbico de gás natural veicular em Alagoas custa R$ 1,59, enquanto que em Natal o mesmo produto é comercializado por R$ 0,99". O presidente da Algás, Gerson Fonseca, afirmou em seu depoimento à CPI que o gás é vendido os postos por R$ 0,86.