De um lado moradores do condomínio Sérgio IV, no conjunto Jardim Vaticano, querem justiça pelo envenenamento de duas árvores e algumas plantas do condomínio, do outro, uma família atormentada pela invasão de morcegos proveniente da existência das árvores.
De um lado moradores do condomínio Sérgio IV, no conjunto Jardim Vaticano, querem justiça pelo envenenamento de duas árvores e algumas plantas do condomínio, do outro, uma família atormentada pela invasão de morcegos proveniente da existência das árvores.
Na tarde desta terça-feira, moradores do condomínio Sérgio IV denunciaram ao Alagoas24Horas o crime ambiental que um suposto morador da residência vizinha ao prédio teria cometido contra as árvores e plantas localizadas no local.
Segundo o morador Durval Júnior, que representou os moradores, o vizinho teria ido até o local onde estão as árvores, e com uma furadeira, perfurou as árvores – entre elas uma mangueira que está no local há cerca de 15 anos – e colocou veneno com o objetivo de matá-las. Ainda segundo Durval, o fato foi presenciado por um dos zeladores do prédio.
“Isso tudo aconteceu há cerca de duas semanas e desde então, as árvores estão morrendo. Preocupados, nós trouxemos técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA) até aqui e eles disseram que não há recuperação e que as árvores estão mortas. Isso revoltou os moradores e agora vamos dar entrada no Ministério Público (MP) com ação o mais rápido possível e denunciar no 6° Distrito Policial”, contou o morador.
No local, as marcas do crime ambiental chamavam atenção. Folhas secas, plantas mortas e centenas de mangas podres espalhadas pelo chão. “A única que escapou foi o Pau Brasil. Sem contar que existe um poço artesiano próximo as árvores e até isso poderia ser contaminado. Os técnicos do IMA chegaram a afirmar que há possibilidade de contaminação do solo”, concluiu.
Do outro lado do muro, a família acusada negou que tenha cometido o envenenamento, mas admitiu que há um certo tempo vem lutando contra a invasão de morcegos que vêm das árvores. Eles explicaram que – aconselhados pela Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) – chegaram a colocar óleo queimado na raiz das árvores para espantar os roedores, mas não adiantou.
“Nós vivemos assustados com os morcegos invadindo nossa casa, deixando excrementos por toda parte, inclusive na piscina, roendo as frutas na cozinha e arriscando a nossa vida”, disse a dona da casa, que não quis se identificar. Preocupados – os proprietários da casa, localizada na Rua Carlos Lobo – contrataram um advogado para tentar resolver a questão.
“Nós tentamos um acordo com os moradores do prédio, como não aconteceu, contratamos um advogado que está documentado e pode provar que só o que queremos é proteger a nossa família de doenças transmitidas pelos roedores, como é o caso da raiva e leptospirose, como já nos esclareceram os médicos do Hospital Élvio Alto”, completou.