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Subcomissão de Proteção Animal pede apuração

Presidente quer esclarecer crime contra um cão Labrador

A presidente da Subcomissão de Proteção Animal da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, Adriana Alves, ingressou com pedido de providência junto ao 9º Distrito Policial, solicitando apuração de um crime praticado contra um cão Labrador.

De acordo com Adriana Alves, um homem embriagado – que não teve o nome revelado – decepou com um facão o focinho do animal. “Depois de cometer o crime, o homem foi detido e em seguida liberado” disse Adriana Alves. O cachorro ainda foi levado com vida para o Núcleo Educacional Ambiental São Francisco de Assis (Neafa), foi submetido a cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.

A presidente da subcomissão da OAB/AL afirmou que o intuito de ingressar com pedido de providência é evitar que maus tratos a animais fiquem impunes em Maceió. “Tomei essa iniciativa de pedir providência porque recebi a denúncia de que um homem altamente embriagado e com um facão em mãos havia decepado o focinho do cachorro, sendo detido e em seguida liberado”, contou Adriana Alves, acrescentando que antes de o homem ter arrancado as fossas nasais do animal, ele havia esquartejado um outro cão. O fato ocorreu no último domingo (11), na rua Eliete Júnior, no Vale do Reginaldo.

“Sem ter a quem recorrer, a população assiste com revolta a maus tratos com os animais, crime previsto no artigo 32 da Lei Federal 9.065/88”, destacou Adriana Alves, justificando o motivo de a dona do animal não ter exigido a punição do criminoso. “Temendo represálias, muitos donos de animais não tem nem coragem de denunciar”, afirmou.

Adriana Alves apontou também que a extinção da Delegacia de Crimes Ambientais também agrava o problema. “A extinção da Delegacia de Crimes Ambientais tem piorado o problema”, disse.

A advogada ressaltou que o secretário de Defesa Social, general Sá Rocha, havia prometido realizar um estudo mais aprofundado para a reativação da Delegacia de Crimes Ambientais, mas até o momento não foi apresentado nenhum parecer. “A subcomissão da OAB está esperando que o secretário [general Sá Rocha] agende uma outra audiência para que sejam apresentadas respostas”, finalizou.