A constante falta de água no município de Flexeiras, a 59 quilômetros de Maceió, levou dezenas de donas-de-casa a saírem às ruas da cidade, na manhã de hoje.
Casal
A constante falta de água no município de Flexeiras, a 59 quilômetros de Maceió, levou dezenas de donas-de-casa a saírem às ruas da cidade, na manhã de hoje, com latas vazias para reclamar do descaso da Companhia D’Água e Saneamento de Alagoas (Casal).
Os moradores contam que o protesto foi motivado pelo informe da Casal na rádio comunitária, que alertava aos moradores em débito com a Companhia, a quitarem suas contas, porque a partir de hoje haveria cortes. O comunicado deixou a população revoltada, já que durante muitos meses a comunidade vem sofrendo com o abastecimento precário.
“É comum os moradores ficarem sem água durante dois ou três dias, ou então a água chegar por poucas horas. Os bairros novos chegam a ficar cerca de 15 dias sem água”, contou Leandro Santos, morador da cidade.
Durante o protesto, apareceram vândalos que quebraram os vidros do escritório da Casal na cidade e jogaram água no diretor da companhia. O que era para ser um protesto pacífico, terminou em caso polícia.
Em resposta ao ocorrido, a Casal e a Prefeitura Municipal de Flexeiras disseram que estão trabalhando para resolver o problema que atinge a cidade com as constantes paralisações no fornecimento de água.
Um estudo realizado pela companhia apontou a necessidade de substituição de trechos da adutora que estão danificados e demandam de aproximadamente R$ 500 mil em recursos.
De acordo com o diretor de Operação da Casal, Jorge Briseno, o sistema de Flexeiras é composto de uma barragem e uma adutora em 150mm em ferro fundido, que transporta água entre a barragem e a Estação de Tratamento de Água da cidade. Dos 6km de tubulação da adutora, que já tem quase 30 anos de utilização e está com a vida operacional superada, 4km precisam ser substituídos.
"Devido à rede já está obsoleta e causar constantes vazamentos, a população de Flexeiras sofre com constantes interrupções do abastecimento. Já detectamos o problema, realizamos estudos para solucionar e agora estamos buscando os recursos necessários para a realização das obras necessárias", destacou Briseno, acrescentando que a Companhia e a Prefeitura, através da Secretaria de Infra-Estrutura da cidade, devem encontrar uma solução para minorar o problema no período de 90 a 120 dias.