Cacau Machado estava preso desde domingo, em Maceió.
O secretário de Educação de Pão de Açúcar, Antônio Carlos Machado, o Cacau Machado, que estava preso desde o último domingo no presídio da Polícia Militar, no Trapiche da Barra, foi liberado na noite desta quarta-feira, após o desembargador José Fernandes de Holanda Ferreira acatar o pedido de habeas corpus impetrado em favor do secretário.
Cacau Machado – que é apontado como participante de um duplo homicídio em Monteirópolis – teve a prisão temporária decretada pelo juiz Durval de Mendonça Júnior na quinta-feira 22, mas só se apresentou à polícia no domingo, 25, acompanhado de dois advogados, quando foi interrogado pelo delegado Genilson Santos.
A decisão sobre o habeas corpus foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial do Estado.
Na última quinta-feira, 22, integrantes do Pelotão de Operações Policiais Especiais – Pelopes, sediado em Pão de Açúcar, a 227 km de Maceió, tentaram cumprir um mandado de prisão contra Antônio Carlos Machado. O mandado de prisão temporária foi expedido pelo juiz Durval Mendonça, da Comarca de Olho D’Água das Flores. Os policiais realizaram buscas na residência do secretário, que fica no centro da cidade, em sua fazenda (zona rural) e na Secretaria de Educação, mas o secretário não foi encontrado em nenhum dos locais.
Segundo informações do promotor Luís Tenório de Oliveira, da comarca de Olho D’Água das Flores, Cacau Machado é acusado de duplo homicídio qualificado. Ele teria participado do crime que vitimou o casal Adeilson e Maria Aparecida Rodrigues, em abril deste ano, no Povoado Paus Pretos, em Monteirópolis.
De acordo com o promotor, o duplo homicídio foi mais um capítulo de uma sangrenta guerra entre duas famílias de Pão de Açúcar. “Há quatro anos, o vereador Edson Lyra, de Pão de Açúcar, e mais três pessoas que o acompanhavam, Teônio, Estênio e Jeová, sofreram um atentado que resultou na morte de Jeová, afilhado do vereador”, conta o promotor. Tenório diz que, um ano depois do crime, o vereador matou José Adelmo Rodrigues, um dos suspeitos do atentado. Os outros suspeitos eram Adeilson, morto em abril, José Simões e Flávio Caldeira. Todos foram julgados e absolvidos no começo deste ano.
Já vereador Edson Lyra, ex-militar, cumpre prisão temporária no 3º Batalhão de Arapiraca, há quase 30 dias. A prisão foi prorrogada por mais um mês.