Ex-militar nega autoria de crime do qual é acusado.
De volta a Alagoas para ser submetido a mais um júri popular, desta vez pelo assassinato de Ebson Vasconcelos da Silva, o Êto, o ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante negou a autoria do crime, mas não se absteve de fazer acusações a outras pessoas.
Em depoimento ao juiz José Braga Neto, o ex-oficial militar relembrou o assassinato do líder indígena Íbis Menino, ocorrido na década de 80, em Murici, e acusou o então delegado de polícia e hoje deputado federal Francisco Tenório de ser o autor intelectual do crime, embora não tenha fornecido razões para o mesmo.
Ebson Vasconcelos foi assassinado em 2002, no Centro de Maceió. Em depoimento, Êto acusou o policial Garibalde Alves Amorim e o ex-tenente-coronel Cavalcante como autores materiais da morte do tributarista Silvio Vianna, ocorrida em 1996.
Fernando Fidélis e Garibalde, em depoimento ao Ministério Público, acusaram o delegado Valdir Carvalho e o PM Emanuel Guilhermino, o Fininho, de terem intermediado a morte de Êto, atendendo a uma ordem de Cavalcante.
Outro acusado pelo assassinato de Êto, o ex-policial militar Ednaldo da Silva Bezerra, o Cigano, também negou a autoria do assassinato e acusou ou ex-PM, Emanoel Guilhermino, o Fininho, como autor do crime. De acordo com Bezerra, o crime teria sido encomendado pelo ex-prefeito de Atalaia, Zé do Pedrinho, e pelo delegado Élvio Brasil.
Emanoel Guilhermino foi executado com seis tiros, no dia 1º de setembro deste ano, dentro do seu veículo, quando parou para abastecer em um posto de combustíveis no Trapiche da Barra. Fininho, que estava acompanhado da mulher e filhos no momento do crime, era um dos indiciados pelo crime, além do delegado Valdir Silva de Carvalho, que conseguiu o adiamento do seu jugamento.
O julgamento será retomado na tarde de hoje.