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São Paulo domina premiação da CBF

Além dos cinco vencedores tricolores, Ceni foi a maior estrela.

Lancepress!

Rogério Ceni: melhor goleiro, craque da torcida e Rei da Bola do Brasileirão

O São Paulo saiu do Teatro Municipal do Rio de Janeiro como o grande vencedor do Prêmio Craque do Brasileirão, na noite desta segunda-feira. O pentacampeão formou a base da seleção dos melhores, com cinco vencedores: Rogério Ceni (goleiro, Craque da Torcida e do Brasileirão), Breno (zagueiro pela direita e revelação), Miranda, Hernanes e Richarlyson. O time elegeu ainda o técnico Muricy Ramalho.

Logo no primeiro troféu, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, cometeu uma gafe. Ao chamar os representantes do Bragantino, campeão da Série C, o dirigente anunciou o nome do técnico Roberval Davino, que já deixou o clube. Na verdade, o treinador presente era Marcelo Veiga. Em seguida, Coritiba e São Paulo foram ao palco receber as suas taças.

Durante a apresentação, Tony Ramos e Marcos Palmeira, os apresentadores, exaltaram ainda a escolha do Brasil para ser sede da Copa do Mundo de 2014. Isso entre uma piada e outra. Na hora de premiar o melhor zagueiro pela direita, por exemplo, Tony deu uma aula de esquema tático ao companheiro sobre a posição.

A seleção do Brasileirão ficou formada com Rogério Ceni, Leo Moura, Breno, Miranda e Kléber; Hernanes, Richarlyson, Ibson e Valdivia; Acosta e Josiel. O time vai enfrentar a seleção olímpica do Brasil, convocada por Dunga, no próximo domingo, às 16h, no Engenhão.

No Rio, Fla é exaltado
As piadinhas de Tony competiram com as de Luis Miranda, comediante que subiu ao palco algumas vezes para entreter o público. Zeca Pagodinho, Roberta Sá, Pedro Luís, Fundo de Quintal e Martinho da Vila animaram a festa com shows de samba. O ritmo também foi escolhido para escalar a seleção do campeonato, que teve como trilha sonora "O amanhã", samba-enredo da escola União da Ilha em 1978. Porém, na hora da apresentação dos jogadores a cada premiação, a batida foi funk.

No Rio, os atletas do Flamengo sentiram-se em casa. Leo Moura, Juan, Ibson e o técnico Joel Santana subiram ovacionados no palco. Somente Leo Moura e Ibson ficaram com troféus de ouro. A torcida rubro-negra foi homenageada com um prêmio especial, por ter a melhor média de público. Já Leandro Amaral, do Vasco, teve que ouvir a provocação dos rivais na platéia: "Vice de novo!" gritavam os flamenguistas, já que o vascaíno ficou em segundo lugar na categoria "atacante".

Antes de anunciar o treinador vencedor, uma pequena homenagem a Dunga, com imagens da conquista da Copa América. O técnico da seleção ainda subiu ao palco, muito aplaudido pelos presentes, para entregar o troféu a Muricy.

Homenagem às mães e aos craques
Uma homenagem justa às mães dos árbitros, sempre xingadas. Carlota Tardelli, mãe de Wágner Tardelli, foi a responsável por dar o prêmio ao melhor juiz do campeonato, ao som de Clara Nunes: Leonardo Gaciba.

Josiel, artilheiro da competição, recebeu uma chuteira de ouro. Mas o artilheiro mais festejado foi Romário. O Baixinho subiu ao palco para receber uma homenagem especial pelo milésimo gol, marcado pelo Vasco contra o Sport no Brasileirão. O vascaíno Marcos Palmeira fez questão de chamar o craque. O presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, sob a trilha sonora de "Aquarela brasileira" (Império Serrano, 1964), entregou a pequena taça ao craque.

"Estou emocionado" disse Romário, que estava visivelmente nervoso e gaguejou várias vezes no discurso.

Depois do Baixinho, outro campeão mundial foi lembrado: Nilton Santos. O ídolo do Botafogo, doente, não pôde comparecer ao evento, e foi representado por Bebeto de Freitas, presidente do Alvinegro.

Como no Maracanã
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, ficou encarregado de entregar a Rogério Ceni o troféu de Craque da Torcida. Mas a festa maior foi da torcida do Flamengo. Um vídeo com o "Tema da vitória", novo hino rubro-negro, foi exibido, e o ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, deu ao presidente do clube, Márcio Braga, o troféu, sob gritos de "pentacampeão" dos flamenguistas na platéia.

O dono da festa
O fim da festa coroou Rogério Ceni. Além de melhor goleiro, o capitão são-paulino levou para casa os dois principais prêmios da noite: Craque da Torcida e Craque do Brasileirão (troféu Rei da Bola). "Eu sou apenas instrumento do meu clube. Este prêmio representa meus companheiros, que são mais vencedores deste prêmio do que eu, e os diretores" afirmou o camisa 1.

Para encerrar, o "craque do samba", como disse Marcos Palmeira: Zeca Pagodinho. O sambista, botafoguense, fechou a apresentação.