Resultado de exame de DNA ainda não foi anunciado oficialmente, mas advogado da família de estudante assassinado diz que exame está quase concluído e confirma que o sangue encontrado no veículo é de Douglas.
Após quase dois meses de espera, foi frustrada a expectativa de que hoje seria finalmente revelado o resultado do exame de DNA que comprovaria se a amostra do sangue colhida no banco do veículo pertencente à mãe de José Carlos Oliveira da Rocha Júnior, um dos acusados pelo assassinato do estudante Douglas Vasconcelos, era mesmo da vítima.
Segundo informações de Ricardo Omena, advogado da família de Douglas, o resultado do exame, crucial para o esclarecimento do caso, deveria ter sido apresentado hoje. “Já sabemos que o exame está entre 70% a 80% concluído e confirma que o sangue encontrado no veículo é do Douglas. Agora vamos aguardar que a informação seja divulgada oficialmente”, disse o advogado.
O delegado Flávio Saraiva, do Tático Integrado Grupo de Resgates (Tigre), responsável pela investigação do assassinato do estudante universitário, solicitou a prisão preventiva de José Carlos de Oliveira da Rocha Júnior, um dos acusados do crime.
O outro acusado do crime, Kleberson Luciano da Silva, que é primo de José Carlos Júnior, não teve a prisão solicitada e deve ser colocado em liberdade ainda na noite de hoje. Nesta quarta, 5, se encerrou o prazo para a prisão temporária dos acusados que estão detidos desde o dia 5 de outubro na carceragem do Tigre.
O juiz do caso, Hélder Loureiro, está de licença médica e seu substituto, José Cavalcante Manso Neto, deverá definir também até amanhã se acata ou não o pedido de prisão preventiva contra Júnior.
Welton Roberto, advogado de defesa de José Carlos Júnior, disse que ainda desconhece os motivos que levaram o delegado a solicitar a prisão preventiva de seu cliente. Welton também não sabe as razões pelas quais o pedido não foi estendido ao outro acusado, Kleberson Luciano. “Para manter a prisão do Júnior, o delegado se baseou no argumento de que o exame de DNA poderia dar positivo. O que eu posso afirmar é que não há provas contra o meu cliente”, frisou o advogado.
Com relação ao resultado do exame de DNA, Welton disse que a conclusão ainda não foi apresentada e que está confiante que o resultado do exame mostrará que o sangue não era de Douglas.
Douglas Vasconcelos desapareceu no dia 9 de setembro quando se dirigia para o show da cantora baiana Ivete Sangalo, realizado no Centro Cultural e de Exposições, no bairro de Jaraguá. Douglas, que era estudante do curso de Administração do Cesmac, teria sido visto pela última vez nas proximidades da sua residência, no bairro da Gruta de Lourdes, quando foi deixado por um amigo para trocar de roupa e pegar um táxi para ir ao show.
Segundo amigos do universitário, Douglas ligou neste intervalo para uma amiga, visando que iria demorar e que ainda estava esperando o táxi para seguir para Jaraguá e depois disso não foi mais visto.
O corpo do estudante foi encontrado no dia 5 de outubro, em um canavial na cidade de Roteiro, em avançado estado de decomposição. Contudo, apesar da prisão dos acusados, os detalhes sobre o assassinato permanecem uma incógnita.