Amélio, Albuquerque e Ferro prestam esclarecimentos.
A Polícia Federal segue ouvindo os deputados estaduais supostamente envolvidos em uma rede criminosa que conseguiu desviar R$ 200 milhões da Assembléia Legislativa, ao fraudar a folha salarial daquele Poder e enganar a Receita Federal. O crime – conforme a PF – acontecia desde 2001. Durante o fim de semana, foram ouvidos seis dos nove deputados apontados, além de assessores, empresários e funcionários de agências bancárias.
Os depoimentos serão retomados às 9h. O primeiro parlamentar a depor – conforme cronograma da própria Polícia Federal – é o deputado estadual, recentemente eleito conselheiro do Tribunal de Contas, Cícero Amélio (PMN). No período da tarde, vão prestar esclarecimentos o presidente do Legislativo, Antônio Albuquerque (Democratas), às 14h, e Cícero Ferro (PMN), às 17h. Este último é o único que se encontra preso, mas por porte ilegal de arma.
No sábado e no domingo foram ouvidos Nelito Gomes de Barros (PMN), Dudu Albuquerque (PSB), Maurício Tavares (PTB), Edival Gaia Filho (PSDB), Arthur Lira (PMN) e Isnaldo Bulhões (PMN). O esquema ainda envolve ex-parlamentares. Estão presos o ex-presidente do Legislativo e ex-deputado Celso Luiz (PMN) e o ex-parlamentar Gilberto Gonçalves (Democratas). As prisões temporárias se encerram à meia-noite de hoje. O delegado responsável pelo caso, Janderlyer Gomes, informou que irá avaliar se pedirá a prorrogação da prisão temporária dos acusados.
A Operação Taturana foi desencadeada no dia 6 de dezembro e durante a operação a Polícia Federal cumpriu 79 mandados de prisão e busca e apreensão nos estados de Alagoas, São Paulo e Pernambuco, por determinação da desembargadora Amanda Lucena, do 5º Tribunal Regional Federal.
Durante a operação foram apreendidos 35 veículos, um minitrio-elétrico, 34 armas, mais de 800 munições, jet-ski, além de R$ 46 mil e jóias. De acordo com nota oficial emitida na manhã de hoje, todas as contas dos acusados estão bloqueadas por determinação judicial. Desde o início da operação, oito pessoas já foram liberadas pela Justiça.