O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer ampliar a participação do PMDB no governo. Foi o que informou o presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), após almoço com Lula no Palácio do Planalto para debater se o partido continuaria apoiando o governo ou não. Também participaram do encontro o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-SP); e o senador Aloizio Mercadante (PT-SP).
Segundo Temer, não foi acertado quais serão as vagas destinadas ao PMDB na reforma ministerial, "mas são pastas com razoável potencialidade governativa". O deputado já começou a consultar as instâncias do partido sobre o assunto e deve ter uma resposta para o presidente Lula em uma semana. "Vamos consultar o partido todo, até porque o presidente não quer um PMDB fracionado, mas o partido por inteiro."
Governabilidade do País
Até o momento, Michel Temer vinha manifestando posição contrária à permanência do partido na base aliada. Mas, diante das mudanças no cenário político, ressaltou que o mais importante agora é manter a governabilidade do País. Ele garantiu que o PMDB se conduzirá com serenidade no Congresso e não usará as comissões parlamentares de inquérito (CPIs) em andamento como palanque eleitoral.
Temer não descarta a possibilidade de convocação da convenção nacional do PMDB para decidir sobre a proposta de Lula. "O cenário mudou e eu, como presidente do partido, sou obrigado a transmitir a posição tomada pela convenção nacional."
A espera pela resposta do PMDB pode atrasar o anúncio da reforma ministerial, inicialmente previsto para a próxima terça-feira, 28.
