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Atlético/MG perde mais uma e se afunda mais

Para dois times obrigados a vencer, por causa de fracas campanhas no Brasileiro, Atlético e Paraná exibiram pouco futebol, agora a pouco, no Pinheirão.

Para dois times obrigados a vencer, por causa de fracas campanhas no Brasileiro, Atlético e Paraná exibiram pouco futebol, agora a pouco, no Pinheirão. O time da casa foi um pouco mais eficiente e saiu com a vitória, por 1 x 0, resultado que salvou a pele do seu técnico Lori Sandri e deixou ainda mais ameaçado o cargo de Tite no Galo.

Um momento de apreensão foi vivido aos 18 minutos do segundo tempo, um minuto depois do atacante Renaldo deixar o gramado, substituído por Wellington Paulista. O veterano jogador, que já teve duas passagens pelo Atlético-MG, sofreu um mal súbito. Ele desmaiou no banco de reservas do Paraná e foi levado ainda inconsciente para uma ambulância, onde foi socorrido e recuperou os sentidos.

O médico do Paraná, Júlio Checkin, disse que o estado de Renaldo estava estável e que seria encaminhado a um hospital para exames complementares. Ele explicou que o atacante estava fortemente gripado durante a semana, embora tenha treinado a partir de quarta-feira, o que pode ajudar a explicar o mal súbito. "O importante é que ele está bem, preocupado inclusive em tranqüilizar sua família", informou o médico.

Em campo, a 6ª derrota atleticana no Brasileiro, complica de vez a situação do Atlético-MG, que continua sem vencer como visitante e também não conseguiu superar o tabu negativo contra o Paraná. Há 10 anos, o Galo não obtém vitória sobre esse adversário jogando em Curitiba. A pressão sobre Tite e alguns jogadores que já era grande, deve crescer ainda mais esta semana. O alvinegro mineiro, vice-lanterna, volta a jogar, no próximo domingo, contra o Flamengo, no Mineirão.

Já o Paraná, que também vivia uma situação difícil, conseguiu um alívio momentâneo, com os três pontos obtidos diante do clube mineiro. Dessa forma, o Tricolor paranaense chegou a 12 pontos em nove partidas e conseguiu sua terceira vitória no Brasileiro, a Segunda no Pinheirão. O próximo compromisso da equipe é contra o Fluminense, no Rio.

Os dois times entraram em campo no 3-5-2, esquema evidentemente mais defensivo, embora no discurso tanto os técnicos Tite e Lori Sandri, como os jogadores, só falavam na conquista dos três pontos. Na prática o que se viu, foi um Galo muito preocupado em se defender, e um Tricolor paranaense querendo, mas não sabendo atacar.

A exibição dos dois times nesse jogo, especialmente no primeiro tempo, ajuda a explicar as campanhas ruins e situação nada confortável dos treinadores Tite e Lori Sandri. O péssimo estado do gramado do Pinheirão, era um ingrediente a mais para impedir um bom futebol.

"O campo é um pasto", resumiu o atacante Marques, esperança de gols do Galo, mas que não fez boa partida. "O campo está muito ruim, cheio de buraco e com muita terra", confirmou o zagueiro atleticano André Luiz. Os jogadores paranistas também concordaram. "Infelizmente, o nosso gramado é o pior da competição", ressaltou o atacante André Dias.