A desembargadora Elizabeth Carvalho, na condição de presidente do Tribunal de Justiça (TJ/AL), foi contundente ao rebater as declarações do governador Ronaldo Lessa sobre a decisão do juiz James Magalhães, que o tornou inelegível por três anos e cassou o mandato do vereador Paulo Corintho (PV).
A desembargadora Elizabeth Carvalho, na condição de presidente do Tribunal de Justiça (TJ/AL), foi contundente ao rebater as declarações do governador Ronaldo Lessa sobre a decisão do juiz James Magalhães, que o tornou inelegível por três anos e cassou o mandato do vereador Paulo Corintho (PV).
Ela considerou as declarações de Lessa como “insana e inconseqüente”. “Eu preferia conversar com o curador do governador Ronaldo Lessa, mas, como ele ainda não foi nomeado, vou me dirigir ao governador para dizer que ele é insano e louco. Todas as vezes que o governador Ronaldo Lessa perde uma ação judicial, eleenta denegrir a imagem do Judiciário, mas ele não vai conseguir. O governador Ronaldo Lessa, quando faz as acusações, não tem coragem de citar nomes; e quando alguém se esconde atrás das denúncias genéricas, não está dizendo nada sobre nada. Se o governador sabe da existência de irregularidades, então aponte os nome e recorra ao Ministério Público, pois tenho certeza que o doutor Coaracy (Mata da Fonseca, procurador geral) tomará as providências cabíveis”, disse a desembargadora.
Já o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Fernando Tourinho, considerou como “lamentável equívoco” as declarações feitas pelo governador Ronaldo Lessa (PDT) sobre a existência de um “mensalão” pago a membros do Poder Judiciário.
As declarações do governador foram feitas durante entrevista à imprensa na solenidade dos 30 anos de criação da Polícia Civil, segunda-feira, 27, para questionar a decisão do juiz James Magalhães, que o tornou inelegível por três anos, por abuso de poder econômico na eleição do ano passado, e cassou o mandato do vereador Paulo Corintho (PV). “Não posso dar opinião sobre Medicina ou obras de engenharia, porque não estudei Medicina nem de Engenharia. O governador não pode dar opinião sobre o Judiciário. Quanto ao julgamento do Tribunal Regional Eleitoral, o governador pode esperar que o TRE saberá fazer justiça”, disse.