Um verdadeiro show no triunfo brasileiro por 4 a 1 na final da Copa das Confederações no Waldstadium, em Frankfurt, na primeira decisão entre os arqui-rivais fora da América do Sul na história.
Não podia ser melhor. O troco da derrota para a Argentina nas eliminatórias há menos de um mês veio em grande estilo, com um verdadeiro show no triunfo brasileiro por 4 a 1 na final da Copa das Confederações no Waldstadium, em Frankfurt, na primeira decisão entre os arqui-rivais fora da América do Sul na história.
Com um começo irrepreensível, o Brasil envolveu a Argentina com toque de bola eficiente e, em apenas dois ataques, abriu vantagem de dois gols no placar já aos 14min, com Adriano e Kaká. O título foi consumado no começo segundo tempo, quando Ronaldinho Gaúcho e mais uma vez Adriano definiram a histórica vitória. O atacante da Inter de Milão acabou como artilheiro da competição, com cinco gols.
Foi a maior vitória brasileira sobre seu principal rival em 37 anos. O placar de 4 a 1 havia sido registrado pela última vez no triunfo sobre os argentinos em um amistoso no Rio de Janeiro em 1968.
A vitória convincente contra os principais rivais internacionais vem para a afirmação da seleção de Carlos Alberto Parreira como principal candidata ao título da Copa do Mundo, competição que tem início em menos de um ano.
A conquista na Alemanha completa o domínio recente da seleção brasileira principal, que detém agora todos os títulos internacionais disponíveis: Copa das Confederações, Copa do Mundo e Copa América.
Foi o segundo título do Brasil na competição, que se iguala à França como país maior vencedor da Copa das Confederações. Antes, os brasileiros haviam triunfado em 1997, sob o comando do então técnico Mário Zagallo.
Mesmo sem marcar, a vitória teve como destaque o lateral-direito Cicinho, que teve participação direta na criação dos quatro gols brasileiros.
Durante o jogo, a estrutura do Waldstadium passou por um teste de fogo para a Copa do Mundo do ano que vem. O estádio, o mais caro que a Alemanha construiu para o evento (US$ 188 milhões), sofreu com a forte chuva que caiu em Frankfurt. Á água acabou furando a proteção de lona na parte superior e prejudicou parte do gramado.
Jogo
Depois de alguns momentos de estudo entre as duas partes, a Argentina chegou com perigo na área brasileiros aos 4min, quando Lúcio cortou com eficiência o cruzamento de Cesar Delgado.
Mas, apenas seis minutos depois, na primeira vez que foi acionado, Adriano abriu o placar para o Brasil. O atacante recebeu de Cicinho, cortou Coloccini e bateu forte de esquerda. O forte disparo, mesmo no meio do gol, não pôde ser evitado por Germán Lux.
Um minuto depois, a Argentina quase chegou ao empate, quando Riquelme foi lançado nas costas da defesa brasileira, mas não conseguiu levar vantagem na dividida com Dida, já nos limites da área.
O susto na defesa foi sucedido pelo segundo gol brasileiro. Aos 14min, Robinho recebeu inversão de bola de Cicinho e acionou Kaká. O meia tirou Gabriel Heinze com um drible de corpo e bateu colocado, acertando o ângulo esquerdo de Lux.
Depois do começo avassalador, o Brasil voltou a ameaçar a meta Argentina apenas aos 43min, quando Kaká arriscou de longa distância e exigiu de Lux defesa em dois tempos. Depois, no último lance do primeiro tempo, Javier Zanetti recebeu na área e bateu à esquerda de Dida.
No segundo tempo, logo no primeiro minuto, o Brasil ampliou o placar. Depois de uma grande jogada de Cicinho pela direita, Ronaldinho Gaúcho fechou entre a zaga e definiu de perna direita. A bola passou entre as pernas de Lux antes de entrar.
Seis minutos depois, num contra-ataque puxado por Ronaldinho Gaúcho, Kaká desperdiçou a chance de ampliar, batendo em cima de Lux. Aos 12min, Robinho recebeu na esquerda, cortou um marcador e acertou o travessão.
A vitória começou a virar goleada aos 17min, quando a seleção trocou passes por quase dois minutos até a bola chegar em Cicinho. O lateral levantou na cabeça de Adriano, que escorou para as redes.
Três minutos depois a Argentina descontou com Pablo Aimar, que ganhou de Roque Júnior no alto e completou de cabeça um cruzamento da esquerda.