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Técnicos da Chesf, Ceal e Semed discutem o cultivo de hortas no Clima Bom

Os técnicos da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e da Companhia Energética de Alagoas (Ceal) se reuniram hoje, com representantes da Secretaria Municipal de Educação (Semed), com a finalidade de fortalecer o Programa de Educação em Saúde Ambiental (Pesa).

Os técnicos da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e da Companhia Energética de Alagoas (Ceal) se reuniram hoje, com representantes da Secretaria Municipal de Educação (Semed), com a finalidade de fortalecer o Programa de Educação em Saúde Ambiental (Pesa).

O programa visa incrementar o cultivo de hortas na região do bairro do Clima Bom, onde estão instaladas as linhas de transmissão das duas empresas de energia elétrica. O Pesa vai trabalhar a questão ambiental para conscientizar as pessoas a evitar a moradia na região, em virtude do risco de acidentes e apresentar alternativas de subsistência através do cultivo de hortas comunitárias.

De acordo com o coordenador do Centro de Referência em Educação Ambiental (Creamb) da Semed, Fernando Veras, o Pesa tem a finalidade de revitalizar as áreas próximas às linhas de transmissão, usadas como lixão, bem como evitar a proliferação de favelas. A comunidade, conforme explicação de Veras, será orientada a cultivar hortaliças para subsistência e comércio local. Trabalho semelhante acontece em algumas cidades brasileiras, que enfrentam o mesmo problema, a exemplo de Curitiba (PR), João Pessoa (PB), Teresina (PI) e Natal (RN), entre outras.

O técnico da Semed acrescenta que a comunidade fica responsável pelo gerenciamento da horta, que deve ocupar toda a área próxima às linhas de transmissão, de cerca de 800 m². Ainda está em estudo a instalação de uma usina de lixo reciclado. Neste caso, haveria outro trabalho de educação ambiental, desta vez em relação à coleta seletiva de lixo.
A administradora da Chesf, Nair Monteiro, informa que, até agora, o programa já capacitou cerca de 300 pessoas das comunidades próximas ao Clima Bom, como Rosane Collor e Colibri, por exemplo. “Neste trabalho, os líderes comunitários são trabalhados como multiplicadores”, informa Nair.

As áreas onde ficam as linhas de transmissão de energia elétrica devem ficar distantes de residências. Apesar disso, o risco e o déficit habitacional têm provocado um aumento assustador de favelas nas regiões próximas destas áreas. Com isso, além das moradias, são criados lixões e o registro de casos de ferimento e até morte de crianças residentes na área, que soltam pipas como brincadeira. Quando o material usado pelas crianças atinge as linhas de energia elétrica, há casos de acidente. Os órgãos envolvidos no problema querem evitar que casos parecidos voltem a se repetir.