Mais da metade das vendas brasileiras para o exterior são de produtos industrializados. "Estamos agregando valor aos nossos produtos", afirma o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Ele antecipou os números do primeiro semestre sobre as exportações, que serão oficialmente divulgados amanhã (1). O setor líder de exportações continua sendo o de material de transportes, acompanhado do setor automotivo, da indústria de caminhões pesados, de autopeças e de máquinas agrícolas.
"O setor de caminhões pesados e automóveis cresce a uma velocidade de 40% em relação ao ano passado, quando já havia crescido 40%. Em dois anos estaremos dobrando as exportações", comemorou. Furlan lembrou que as commodities são erroneamente consideradas "o esteio" das exportações brasileiras. "Pouca gente sabe que, neste primeiro semestre, um dos setores que teve queda nas exportações foi o complexo soja, que no ano passado exportou US$ 10 bilhões", disse. "Passa desapercebido que crescentemente o perfil de nossas exportações está concentrado em produtos industrializados. Mais de 55% das nossas vendas ao exterior são de produtos de valor agregado".
Furlan faz uma previsão otimista sobre o desempenho da economia brasileira em 10 anos: "Seremos um player (jogador) importante mundial da área de serviços, em tecnologia, engenharia, informática, telecomunicações, biotecnologia". Na opinião do ministro, essa "revolução de eficiência" que permeia o setor privado precisa permear o setor público nas três esferas: União, estados e Municípios. Furlan participou, em São Paulo, da posse da diretoria 2005/2207 da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), na sede da Bovespa.