Depois dos violentos confrontos entre a polícia escocesa e manifestantes anti-globalização em Edimburgo ontem, a polícia aumentou os procedimentos de segurança para o encontro do G8, que começa amanhã na Escócia.
Um dos exemplos pôde ser visto hoje no Centro de Remoção de Imigrantes de Dungavel, que fica a cerca de 100 km de Edimburgo.
Várias pessoas, entre elas refugiados, foram revistadas e tiveram de fornecer nome e endereço à polícia antes de chegar ao local onde iriam realizar um protesto contra o centro.
Dois ônibus do comboio que viajava a partir de Edimburgo foram retidos durante cerca de meia hora, pouco antes da chegada ao local do protesto.
Aamer Anwar, um dos advogados do G8 Alternatives, grupo que organizou a manifestação hoje, disse que a polícia “intimidou manifestantes pacíficos”.
"Esse é um protesto legal em que nos foi dado o direito de realizar uma marcha dentro da lei e protestar de forma pacífica", disse ele. "O que eu vi hoje foi deliberadamente intimidador e agressivo. Vimos políciais agindo completamente fora da lei. Parar refugiados e pedir suas identidades é revoltante."
Também hoje, cerca de cem pessoas que participaram dos protestos de ontem e foram presas comparecem a um tribunal de Edimburgo.
Os manifestantes entraram em choque com cerca de mil policiais no centro da cidade, que ficou paralisado durante seis horas.
A polícia foi acusada de reagir com força excessiva, mas insiste que sua ação foi adequada à situação.
Mais de 20 manifestantes e policiais ficaram feridos.
O encontro de líderes do G8 está sendo marcado pela maior mobilização policial já vista na Grã-Bretanha.
Milhares de policiais estão chegando a região para compor a força policial de 10,6 mil homens que farão a segurança do evento.