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Ministro propõe a servidores grevistas volta ao trabalho até quarta-feira sem ponto cortado

O anúncio foi feito pelo secretário de Recursos Humanos do ministério, Sérgio Mendonça, após uma reunião entre o ministro e integrantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, propôs a representantes dos servidores federais em greve o retorno ao trabalho até a próxima quarta-feira (13). Caso isso ocorra, grevistas não terão o ponto cortado neste mês. O anúncio foi feito pelo secretário de Recursos Humanos do ministério, Sérgio Mendonça, após uma reunião entre o ministro e integrantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

Segundo o secretário, aqueles que retornarem ao trabalho deverão compensar os dias parados para receber o dinheiro retido em meses anteriores. "Nós acreditamos que em função da duração da greve e da proposta que o governo fez, estão criadas as condições para estabelecer um acordo e, portanto, encerrar a greve", argumentou.

Mesmo que os servidores encerrem a paralisação, as negociações relativas ao reajuste salarial de mais de 350 mil funcionários continuam a partir do dia 15 e vão até 10 de agosto. Com isso, o aumento poderá ser incluido na Lei Orçamentária Anual (LOA) do próximo ano.

A proposta foi bem recebida pelos trabalhadores. O diretor da Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva, afirmou que a tendência do grupo é retornar ao trabalho já na segunda-feira (11). A decisão, no entanto, sairá de reunião plenária prevista para amanhã (8). "Esta foi a primeira vez em que o governo sinalizou com uma agenda objetiva. É claro que gostariamos de receber um reajuste neste ano, mas este foi o limite que conseguimos e que iremos avaliar", disse.

A greve dos servidores começou no dia 2 de junho e atinge mais de 30 órgãos em todo o país. A paralisação mais intensa é a do INSS. De acordo com balanço divulgado pela diretoria de Recursos Humanos do ministério da Previdência, 27,87% das agências da entidade em todo o país aderiram ao movimento. As agências restantes funcionam, ainda que de forma parcial.