O ministro da Educação, Tarso Genro, foi escolhido hoje o novo presidente do PT. O nome de Genro surgiu como alternativa para substituir José Genoino, que renunciou ao cargo neste sábado.
O ministro da Educação, Tarso Genro, foi escolhido hoje o novo presidente do PT. O nome de Genro surgiu como alternativa para substituir José Genoino, que renunciou ao cargo neste sábado.
Genro vai deixar o ministério para se dedicar apenas ao partido. O Campo Majoritário, que detém mais de 50% dos votos da Executiva Nacional do PT, decidiu bancar a candidatura de Genro.
Atual ministro da Educação e o novo presidente do PT, Tarso Genro, é vinculado ao "Campo Majoritário", corrente que detém a maior parte (60%) dos votos na Executiva nacional do PT.
Para a secretaria-geral do PT, a Executiva do partido escolheu o deputado Ricardo Berzoini (SP), ex-ministro do Trabalho e da Previdência, que fica no lugar de Silvio Pereira, que pediu afastamento.
No lugar de Delúbio Soares na Tesouraria, foi escolhido o deputado José Pimentel (CE). O ex-ministro da Saúde Humberto Costa assumirá a secretaria de Comunicação do PT no lugar de Marcelo Sereno, que também pediu afastamento neste sábado.
Genro
Antes de assumir a pasta de Educação, foi secretário do chamado "Conselhão", o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, uma espécie de fórum de notáveis, entre representantes de entidades patronais, de trabalhadores e do setor acadêmico que deveria abastecer o presidente com sugestões sobre a gestão do governo. A política econômica adotada pelo presidente, no entanto, sempre foi na direção contrária das sugestões do "Conselhão".
No ministério da Educação, Genro trabalha num tema polêmico: a reforma universitária, cujo anteprojeto prevê a ampliação e o financiamento federal de vagas em universidades particulares.
Genro é um gaúcho de São Borja, um advogado com especialização em direito do trabalho. Venceu sua primeira eleição em 1968, quando foi eleito vereador por Santa Maria (RS), pelo antigo MDB (Movimento Democrático Brasileiro), única legenda de oposição à época.
Foi exilado pela ditadura militar e somente retomou suas atividades políticas em 1986. Foi vice-prefeito (1989-1992) e prefeito de Porto Alegre por duas vezes.