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PF flagra deputado do PFL tentando embarcar com sete malas de dinheiro

O deputado João Batista (PFL-SP) foi instado a prestar depoimento à Polícia Federal no aeroporto de Brasília sobre as sete malas cheias de dinheiro que tentava embarcar no hangar da TAM.

O deputado João Batista (PFL-SP) foi instado a prestar depoimento à Polícia Federal no aeroporto de Brasília sobre as sete malas cheias de dinheiro que tentava embarcar no hangar da TAM.

Os recursos ainda não foram contabilizados e a origem do dinheiro é desconhecida até o momento, mas havia nas malas pelo menos R$ 6 milhões. A PF vai solicitar ao Banco do Brasil ou do Banco Central uma máquina de contar dinheiro para ajudar a fazer a contabilidade. Uma das malas estava tão pesada que foi transportada por dois policiais.

A PF ainda não sabe o que fazer com o deputado. Por ter foro parlamentar, João Batista, 61, que é economista e técnico em contabilidade, só poderia ser preso por crime inafiançável.

Segundo a Polícia Federal, ainda não está configurado crime, mas o deputado precisa comprovar a origem do dinheiro. Se confirmada a irregularidade, ele será levado à Superintendência da PF em Brasília.

De acordo com informações preliminares da PF, o deputado teria dito que os recursos eram da Igreja Universal. Junto com João Batista, que é bispo, mais seis pessoas –nenhuma delas é parlamentar– foram detidas e prestam depoimento.

A PF informou que o deputado embarcaria para Goiânia em um jato particular da Igreja Universal. A polícia soube das malas através de uma denúncia anônima. Acompanhavam o bispo, além do piloto e co-piloto, dois pastores da Universal e duas mulheres.

Batista filiou-se ao PFL em 2001 e no ano seguinte foi eleito deputado. O bispo, que cumpre seu primeiro mandato no Legislativo, foi diretor presidente do canal UHF Rede Mulher –uma das emissoras da Igreja Universal de 1999 a 2002. Entre 1992 e 1996, o deputado esteve à frente da presidência da Rede Record.