Categorias: Economia

Recuperação do salário mínimo é meta do novo ministro do Trabalho

Ao empossar o novo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a classe operária tem ocupado espaço no governo "de forma sóbria e madura".

Ao empossar o novo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a classe operária tem ocupado espaço no governo "de forma sóbria e madura".

Segundo Lula, a presença no governo de Marinho e seus antecessores – Ricardo Berzoini e Jaques Wagner –, que tiveram origem no movimento sindical, são a "demonstração de que os trabalhadores brasileiros não devem nada a ninguém no âmbito do conhecimento, do preparo e de saber fazer as coisas, inclusive, saber fazer política com ‘p’ maiúsculo".

Ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho disse, ao assumir a pasta, que uma de suas metas é recuperar o salário mínimo. "Devemos trabalhar um processo de política permanente de valorização do salário mínimo, como forma de combater a exclusão, como forma de provocar distribuição de renda no país", afirmou. Ele disse que pretende dar continuidade aos programas e projetos em andamento e manter a atual equipe do ministério.

Marinho substitui no cargo Ricardo Berzoini, que retorna à Câmara dos Deputados. Berzoini também passa a ser secretário-geral do Partido dos Trabalhadores. Ele foi eleito pelo Diretório Nacional do PT no último sábado (9).

Para Lula, a experiência sindical de Luiz Marinho vai favorecer seu desempenho na nova função. "O Marinho chega ao Ministério do Trabalho depois de provar nas comissões de fábrica, no Sindicato dos Metalúrgicos e na CUT a arte da capacidade de negociação política para defender os interesses dos trabalhadores", ressaltou Lula. Segundo o presidente, a forma de fazer essa defesa é realizar um diálogo profundo. "Eu posso dizer a vocês que o Marinho faz isso com uma maestria como poucos", afirmou.

No discurso de posse, Marinho assegurou que não será um representante de sua entidade no governo. "O conjunto das centrais sindicais poderá ter tranqüilidade de que não serei o presidente da CUT à frente do Ministério do Trabalho, serei o ministro do Trabalho do governo Lula para encaminhar projetos de governo, compromissos de governo do presidente Lula", disse.