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Rebelião do Rubens Quintella: Agentes são interrogados no CIAPC

O delegado Denisson Albuquerque interroga neste momento, na sede do Deic, na CIAPC I, os três agentes penitenciários acionados para conter a rebelião, ocorrida há um mês no presídio Rubens Quintella, em Maceió. Acompanha os depoimentos, o advogado e membro do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Everaldo Patriota.

O delegado Denisson Albuquerque interroga neste momento, na sede do Deic, na CIAPC I, os três agentes penitenciários acionados para conter a rebelião, ocorrida há um mês no presídio Rubens Quintella, em Maceió. Acompanha os depoimentos, o advogado e membro do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Everaldo Patriota.

Os agentes interrogados são Manuel Simão Marinho, Adeilton Pedro da Silva e Fábio Silva dos Santos. O delegado decidiu ouvir os agentes, depois que dez laudos confirmaram excesso de violência durante a operação para conter a rebelião.

Oito exames de corpo de delito realizados nos detentos e outros dois exames cadavéricos, confirmaram ferimentos causados por disparos de arma de fogo. Os laudos também revelaram que os dois rebelados mortos, não morreram devido ao espancamento, ou queimaduras, mas sim por disparos de armas de fogo.

O delegado Albuquerque aguarda agora o resultado do laudo do Instituto de Criminalística para prosseguir com as investigações, por isso foi pedida a prorrogação do prazo para finalizar o inquérito.

Rebelião

A rebelião no Presídio Rubens Quintella aconteceu no último dia 11 de junho. Para protestar contra a falta d’água que já durava três dias, os reeducandos do raio de baixo atearam fogo em colchões e quebraram mais de 20 grades de celas.

A confusão na unidade prisional resultou na morte de dois presos (Ronaldo dos Santos e Carlos Henrique de Lima), além de ferir outros 14 reeducandos. A polícia investiga através de inquérito policial quem efetuou os disparos no dia da rebelião e a Secretaria Executiva de Ressocialização realiza uma sindicância administrativa para apurar além da rebelião na unidade prisional, a denúncia de espancamento ocorrida uma semana antes do motim.

Vários agentes penitenciários foram ouvidos pelo delegado Denisson Albuquerque, mas até o momento ninguém assumiu ter efetuado disparos contra os presos e sim para o teto da unidade como forma de conter os rebelados.