Maior atração do confronto entre Brasil e Antilhas Holandesas, pela Copa Davis, Gustavo Kuerten fará o segundo jogo de hoje, marcado para aproximadamente 18h.
Maior atração do confronto entre Brasil e Antilhas Holandesas, pela Copa Davis, Gustavo Kuerten fará o segundo jogo de hoje, marcado para aproximadamente 18h. Um sorteio, ontem, em Joinville (SC), local do duelo, definiu que o tenista catarinense enfrentará Alexander Blom, depois da partida entre Ricardo Mello, número 1 do Brasil, contra David Josepa.
Sorteio define Ricardo Mello como primeiro brasileiro a entrar em quadra
Os dois jogos terão acompanhamento em tempo real do Placar UOL Esporte, em parceria com o site "Tenisbrasil", a partir das 16h.
O jogo contra Blom marcará o retorno de Guga à competição por seleções mais importante do mundo, justamente em uma fase ruim para o Brasil, que tenta ainda obter acesso ao grupo 1 da Zona Americana. Por ter um ex-líder do ranking mundial e um tenista que está perto do top 50, o time capitaneado por Fernando Meligeni se coloca como favorito absoluto, também porque as Antilhas não têm nenhum jogador listado nos rankings da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais).
O problema das Antilhas ficou maior por causa da ausência de Jean-Julien Rojer, que abriu mão de participar do confronto para disputar challengers em quadra rápida, que é o seu objetivo -o duelo pela Davis acontece em quadra de saibro em ginásio coberto. Isso, no entanto, muda pouco para os brasileiros na opinião de Guga.
"Não o conheço como jogador (Rojer), mas pelo que sei, ele é quem está mais acostumado com o circuito internacional, disputando challengers. Mas, para nós, não muda muita coisa. Somos favoritos, mas não podemos aceitar isso simplesmente. Temos de saber controlar essa condição e mostrar em quadra que somos melhores", disse Guga.
O tenista catarinense, tricampeão de Roland Garros (1997, 2000 e 2001) conheceu seu adversário nesta semana, o que, para ele, virou uma situação atípica pelos anos de experiência que conquistou no cenário internacional.
"É uma situação diferente enfrentar um jogador que você não conhece. Quando você conhece o adversário, entra em quadra sabendo o que precisa fazer. Mas estou acostumado. Não é a primeira vez que isso acontece", afirmou Guga, que volta à Davis depois da cirurgia do quadril e do boicote à antiga gestão da CBT (Confederação Brasileira de Tênis) no ano passado.
Antes da reestréia de Guga, será a vez de Ricardo Mello, número 51 do ranking mundial, tentar o primeiro ponto do Brasil. Será a primeira partida do tenista campineiro em jogos da Copa Davis em território nacional. Essa ordem das partidas agradou a Meligeni, que também vai comandar a equipe pela primeira vez com a torcida a favor.
"Gostei do sorteio. É bom ter o Mello, que nunca jogou no Brasil, no primeiro jogo, que geralmente é o que atrai maior expectativa. Mas não tinha preferência por nenhuma ordem, porque os dois estão bem preparados para os jogos", comentou Meligeni, que teve seu primeiro confronto em março, na vitória por 5 a 0 sobre a Colômbia, pela primeira rodada do grupo 2.
Ciente de que o Brasil tem amplo favoritismo no duelo, Mello terá como receita para avançar à final jogar como se tivesse pela frente um confronto de Grupo Mundial. " uma equipe mais fraca que a nossa, mas não é por isso que vamos menosprezar. Estou bastante ansioso por entrar em quadra com a arquibancada lotada e espero que a torcida venha para fazer muito barulho."
O duelo entre Brasil e Antilhas Holandesas prossegue no sábado, quando André Sá e Flávio Saretta enfrentam a dupla adversária, formaada por Raoul Behr, outro que não aparece nos rankings da ATP, e Alexander Blom. No domingo acontecem mais dois jogos de simples, com Mello e Guga encarando os oponentes trocados.
Caso confirme o favoritismo e passe pelas Antilhas Holandesas em Joinville, o Brasil enfrentará na final do grupo 2 da Zona Americana o vencedor do confronto entre Uruguai e República Dominicana. E, se ganhar novamente, terá acesso ao grupo 1, que representa a segunda divisão do tênis mundial.