O empresário Marcos Valério, apontado como um dos operadores do "mensalão", e o tesoureiro afastado do PT, Delúbio Soares, contaram a mesma versão ao procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, sobre os empréstimos feito pelo PT tendo o empresário como avalista.
O empresário Marcos Valério, apontado como um dos operadores do "mensalão", e o tesoureiro afastado do PT, Delúbio Soares, contaram a mesma versão ao procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, sobre os empréstimos feito pelo PT tendo o empresário como avalista.
"A única coisa que posso afirmar é que o depoimento do Marcos Valério foi nesse sentido, de operações de empréstimos que foram feitas sob a orientação do Delúbio Soares", afirmou o presidente da CPI Mista dos Correios, Delcídio Amaral (PT-MS). "Os dois depoimentos adotam esse enfoque", acrescentou.
Há integrantes da CPI desconfiados de que Delúbio e Valério teriam combinado seus depoimentos em uma reunião ocorrida nesta segunda-feira, em Belo Horizonte.
O publicitário Marcos Valério
O procurador relatou a Delcídio que Valério teria proposto um acordo para amenizar uma possível punição ao empresário em troca de informações. "Ele esperava um compromisso do procurador em troca de efetivamente contar o que ele sabia. Com a negativa do procurador, ele [Marcos Valério] assim mesmo se prontificou a fazer esse depoimento", disse o presidente da CPI.
Na segunda-feira, o procurador repassará a íntegra dos depoimentos à CPI. O senador espera os documentos para levar à comissão parlamentar de inquérito. "Vou aguardar o encaminhamento na segunda-feira", disse.
Delcídio já adiantou que pretende marcar um novo depoimento de Valério na primeira semana de agosto. Na próxima semana, deporão o ex-secretário-geral afastado do PT Sílvio Pereira e Delúbio. Na outra semana, os integrantes reservarão o tempo para a análise de documentos. Em seguida, Valério seria chamado.