Categorias: Política

Heloísa rouba a cena mais uma vez e apresenta documentos apreendidos pela PF

Roubando a cena pela contundência das declarações e pela veemência como vem sabatinando os depoentes da Comissão Parlamentar Mista dos Correios (CPMI) – de acordo com analistas políticos – a senadora Heloísa Helena (P-SOL/AL), apresentou, ontem, 15, uma amostra dos documentos apreendidos na quinta-feira, em Belo Horizonte.

Roubando a cena pela contundência das declarações e pela veemência como vem sabatinando os depoentes da Comissão Parlamentar Mista dos Correios (CPMI) – de acordo com analistas políticos – a senadora Heloísa Helena (P-SOL/AL), apresentou, ontem, 15, uma amostra dos documentos apreendidos na quinta-feira, em Belo Horizonte.

Ao considerar estranho que o empresário Marcos Valério tenha se apresentado à Procuradoria Geral da República (PGR) no dia em que foram apreendidos documentos na sede da DNA – empresa presidida por ele – Heloísa disse que o empresário teria se comprometido a prestar novos esclarecimentos que acrescentarão novas informações acerca do esquema de corrupção. Fato que, segundo ele, só acontecerá, caso haja a garantia de que sua pena será reduzida.

DOCUMENTOS

Entre os documentos apreendidos e, apresentados ontem pela senadora alagoana, notas fiscais de serviços prestados pela agência de publicidade DNA a estatais e empresas privadas, com valores que variam entre R$ 120 mil e R$ 1,37 milhão. Promovida pela Polícia Federal (PF), numa operação realizada conjuntamente com o Ministério Público de Minas Gerais (MP/MG), a apreensão dos documentos aconteceu na residência de um carcereiro aposentado, o qual, segundo informações repassadas pela assessoria da PF, seria irmão do contador de Marcos Valério. Como se não bastasse a apreensão dos documentos, a PF encontrou, ainda, armas, munições e granadas.

Segundo declarações de Heloísa Helena – que é considerada o calcanhar de Aquiles do governo petista – “foram descobertos dois tambores, de mais de 200 litros cada, cheios de papéis queimados, além de mais de 20 caixas repletas de notas fiscais”. A senadora classificou de “inimaginável” o fato de um empresário ter queimado notas fiscais que podem dar segurança contábil a sua firma. Principalmente quando se sabe, que as empresas têm o hábito de guardar suas notas fiscais por cinco anos. O que não foi constatado neste caso, uma vez que há notas de mais de R$ 1 milhão; todas referentes a serviços prestados em 2003.

Heloísa revelou ainda, que o carcereiro estava sendo investigado por acusações de homicídio, após ter sido interceptada uma ligação telefônica em que ele teria dito que “se alguém está procurando os documentos, vão quebrar a cara, porque eles estão muito bem guardados". Na opinião da senadora, essas declarações mostram que será necessário “averiguar se as empresas que aparecem nas notas fiscais apreendidas possuem outras vias desses documentos e, também, se os serviços ali referidos foram realmente executados”. Ela revelou também, que “ainda não se pode afirmar se esses papéis são notas frias ou se referem a contratos superfaturados”. Heloísa destacou, no entanto, que as notas são “uma amostra muito pequena do que foi apreendido”.