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Al-Qaeda dá ultimato de um mês à Europa e ameaça com mais atentados

"Esta mensagem é a última que enviamos aos Estados europeus. Damos o prazo de um mês para que retirem seus soldados da terra da Mesopotâmia (Iraque)", diz a nota que leva a assinatura das Brigadas Abu Hafs al Masri, um dos grupos da rede Al-Qaeda que reivindicou os atentados de 7 de julho em Londres, e datada de 16 de julho de 2005.

A rede terrorista Al-Qaeda ameaçou os países europeus que possuem tropas no Iraque com novos atentados, depois dos de Londres, se no prazo de um mês não retirarem seus soldados do país, segundo um comunicado divulgado na internet.

"Esta mensagem é a última que enviamos aos Estados europeus. Damos o prazo de um mês para que retirem seus soldados da terra da Mesopotâmia (Iraque)", diz a nota que leva a assinatura das Brigadas Abu Hafs al Masri, um dos grupos da rede Al-Qaeda que reivindicou os atentados de 7 de julho em Londres, e datada de 16 de julho de 2005.

"Passado este prazo, que expira, a princípio, no dia 15 de agosto, não haverá outras mensagens, apenas atos e palavras que serão traçados no coração da Europa", acrescenta o texto, com autenticidade ainda não comprovada.

"Será uma guerra sangrenta, a serviço de Deus. É uma mensagem que dirigimos aos cruzados que ainda estão presentes no Iraque: Dinamarca, Holanda, Grã-Bretanha, Itália e os demais países cujos soldados permanecem pisando o território iraquiano", prossegue o comunicado.

"São nossas últimas palavras" porque quando este prazo expirar, "os mujahedines, que estão observando, terão outras palavras a pronunciar em suas capitais", advertem os autores do texto, dirigindo-se aos países europeus.

Os atentados de Londres, que deixaram 56 mortos, foram assumidos pelas "Brigadas Abu Hafs al Masri – Divisão da Europa", dois dias depois de uma primeira reivindicação em nome de um grupo chamado "Organização Al-Qaeda/Jihad na Europa".

As "Brigadas Abu Hafs al Masri", que levam o nome de um chefe da Al-Qaeda que comandou as operações militares da rede durante a guerra no Afeganistão até a sua morte, em outubro de 2001, também se dizem responsáveis pelos atentados de 11 de março de 2004 em Madri, que deixaram 191 mortos, e pelo duplo ataque a Istambul no qual morreram 63 pessoas em novembro de 2003.

Não é a primeira vez que a Europa é ameaçada. Em agosto de 2004, o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, deu prazo aos países europeus para deixarem de "agredir os muçulmanos e de se intrometerem em seus assuntos internos" de seus países, em troca da "paz", advertindo que o Velho Continente sofreria atentados.

"Após os louváveis ataques que atingiram Londres e outras cidades dos Cruzados que estão presentes no Iraque, repetimos o ultimato que havíamos fixado. Concedemos um mês para que reflitam sobre sua política a respeito do Islã e dos muçulmanos", destaca o novo comunicado das Brigadas Abu Hafs al Masri.

Também queremos que "deixem de correr atrás dos Estados Unidos e dos sionistas sem prestar atenção no sangue derramado e que continua jorrando na terra do Islã: Iraque, Afeganistão e Palestina", ressalta.

"Os ataques dirigidos contra as localidades européias são em legítima defesa e constituem uma resposta à humilhação e vergonha que sofre a nação islâmica, do Golfo até o Maghreb", acrescenta o comunicado.

O portal da internet no qual aparece a nota leva a assinatura Brigadas Abu Hafs al Masri – Qaeda/Jihad – Divisão Europa.

No dia 11 de julho, o jornal espanhol El Mundo informou que as Brigadas haviam ordenado o ataque à Europa em uma mensagem divulgada no dia 29 de maio na internet e que os serviços secretos da Espanha haviam transmitido aos britânicos após os atentados de Londres.