Segundo fontes médicas e policiais do Egito são 83 mortos e mais de 100 feridos nos atentados em Sharm el-Sheikh.
Pelo menos 83 pessoas morreram numa série de atentados neste sábado em Sharm El-Sheikh, localidade turística egípcia no Mar Vermelho, segundo novo balanço de fontes médicas.A maioria das vítimas é formada por egípcios, segundo testemunhas e fontes oficiais.
Segundo a agência nacional Mena, o exército egípcio enviou a Sharm El-Sheikh uma equipe médica para ajudar os profissionais de saúde destacados no local.
O ministro egípcio do Interior, Habib al Adly, estimou que os autores dos ataques de Sharm El-Sheikh podem estar relacionados ao que cometeram os atentados de Taba, também no Sinai (nordeste), em outubro, onde morreram 34 pessoas, em sua maioria israelenses.
Segundo um policial, "ocorreram vários ataques" à 01h00 local (19h00 Brasília) no centro do balneário. Até o momento não se sabe se foram carros-bomba ou cargas explosivas colocadas sob automóveis estacionados. As explosões ocorreram no movimentado bairro de Sinai, em plena temporada de verão, e muitos turistas estrangeiros podem estar entre as vítimas. Segundo os serviços de socorro, o ataque visou principalmente a zona do Hotel Ghazala e a região do mercado de Sharm el-Sheikh.
Testemunhas informaram que uma explosão ocorreu no estacionamento entre os hotéis Ghazala e Movenpick, no setor de Naama Bay, em Sharm el-Sheikh. "A fachada do Ghazala, diante do mar, está bem danificada e parte desmoronou", disse Hosmam Osman, um morador da cidade.
"Há muitos corpos cobertos com lençóis brancos manchados de sangue nas proximidades do hotel (Ghazala). Muitas gente está indo para o local e a polícia colocou cerca de 600 homens para isolar a região", informou Osman. Outra testemunha afirmou que ocorreram explosões na região do Hotel Marriott e na zona do calçadão à beira-mar.
A primeira explosão aconteceu em um local comercial, e o barulho pôde ser ouvido a mais de um quilômetro de distância. Cerca de 15 minutos depois, duas explosões puderam ser ouvidos na direção de Naama Bay, cerca de seis quilômetros de distância. Naama Bay reúne dezenas de hotéis de luxo e é popular entre praticantes de mergulho e turistas europeus.
O ataque ocorre após os atentados que mataram 34 pessoas, incluindo vários turistas israelenses, em Taba e em outros balneários egípcios no dia 7 de outubro passado. O processo contra três egípcios acusados dos ataques de outubro começou no dia 2 de julho, em Ismailya