O Brasil não corre o risco de um surto de sarampo, segundo garantiu o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
O Brasil não corre o risco de um surto de sarampo, segundo garantiu o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Nos últimos dias foram registrados quatro casos da doença em Santa Catarina e São Paulo. De acordo com o secretário, a doença foi transmitida por um surfista brasileiro, que contraiu o sarampo nas Ilhas Maldivas, na Ásia.
Barbosa informou que o Brasil tem um alto índice de vacinação contra o sarampo, o que afasta a possibilidade de um surto. "Se a gente fizer as ações de bloqueio rapidamente, como a vacinação de todas as pessoas que tiveram contato com o surfista não há risco de ocorrer um surto. Temos uma boa cobertura vacinal no Brasil e a cada cinco anos vacinamos todas as crianças com até 5 anos de idade", afirma.
O secretário de Vigilância em Saúde faz um alerta aos médicos de clínicas particulares para que informem as autoridades no caso de atender algum paciente com sarampo. Os médicos de clínicas particulares ao atenderem uma pessoa com quadro suspeito de sarampo deve informar imediatamente. Os médicos dos hospitais públicos já fazem essa notificação. "Essa detecção deve ser rápida para que possamos vacinar quem teve contato com a pessoa portadora do vírus do sarampo", explica. Jarbas Barbosa garantiu que a vacina contra o sarampo é eficaz e segura e fornecida de graça para a população nos postos de saúde.
Em 1997, o Brasil teve uma epidemia de sarampo com mais de 60 mil casos e 53 mortes. As autoridades levaram quatro meses para detectar a doença trazido por turistas da Itália e um ano e meio para controlar esse surto, informa o secretário de Vigilância em Saúde. Desde o ano 2000, não há casos de transmissão em território nacional, porém, como ainda há ocorrência de casos e surtos de sarampo em todos os continentes, com exceção das Américas, é importante manter as ações de vigilância e de vacinação porque sempre haverá possibilidade de um turista ou migrante chegar ao país infectado.