A cada dia surgem novos autores e as editoras lançam mais títulos, entretanto, as vendas de livros publicados por escritores alagoanos ainda são tímidas para aquecer o mercado.
No período em que o país comemora o Dia do Escritor, o mercado literário alagoano vivencia um momento delicado em sua breve trajetória. A cada dia surgem novos autores e as editoras lançam mais títulos, entretanto, as vendas de livros publicados por escritores regionais ainda são tímidas.
Pioneiro no ramo, o livreiro João Maria Pereira, administrando há 23 anos a rede alagoana Caetés, garante que o mercado editorial já viveu dias muito melhores. Em suas livrarias o volume de vendas de autores alagoanos representa apenas 5% do faturamento geral da rede.
“Falta divulgação e em alguns casos, qualidade”, critica o livreiro. Para tornar o produto alagoano mais accessível, as lojas de João Pereira lançaram uma vitrine exclusiva, onde são exibidos os livros de escritores alagoanos. A sessão especialmente dedicada a estes autores sempre existiu nas lojas da rede, assegura o livreiro.
“Mesmo assim o que percebemos é que as vendas dos contemporâneos e dos novos autores não registraram aumento nos últimos meses”, revela. Em compensação, escritores nacionalmente consagrados como Lêdo Ivo e Graciliano Ramos permanecem inalterados no rancking dos mais vendidos.
Provando que o mercado também se rende ao talento, nomes como de Arriete Vilella e Enaura Quixabeira, mantêm um saldo positivo no volume de vendas da Caetés.
“O bom autor é sempre muito procurado”, garante o gerente da Sodiller, Marcos Antônio Félix.
Desde que retomou há um ano, a sessão dedicada aos autores alagoanos, a loja da rede, no Shooping Iguatemi, tem registrado regularidade na procura por livros de escritores de Alagoas.
Na lista dos mais vendidos pela Sodiller estão as obras: Terceiro Título, de Cláudio Veira, Ouro Verde, de Zaída Lins, Férias no Interior, de Isvânia Marques e os livros de Carlito Lima. Apesar da procura freqüente, Marcos Félix não soube quantificar o volume comercializado. “As compras ainda são isoladas”, reconhece o gerente.