Categorias: Brasil Interior

Exército espera licença para começar obras no Rio São Francisco

Há dois meses, o órgão emitiu uma licença prévia que afasta riscos da integração das bacias trazer prejuízos ambientais significativos.

O chefe de gabinete do Ministério da Integração, Pedro Brito, prevê para os próximos 30 dias o início das obras de integração da bacia do Rio São Francisco com outras bacias nordestinas. Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM, Brito afirmou que as primeiras obras serão feitas pelo Exército. Para isso, o ministério aguarda do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) a licença de implantação. Há dois meses, o órgão emitiu uma licença prévia que afasta riscos da integração das bacias trazer prejuízos ambientais significativos.

"Vamos entregar essa semana ao Ibama o plano básico ambiental, composto de 41 programas. A gente imagina que no máximo dentro de um mês o Ibama possa emitir a licença de implantação, e o Exército comece a trabalhar imediatamente", contou Pedro Brito, que além de chefe de gabinete do ministério, é coordenador do projeto de integração.

De acordo com o Centro de Comunicação Social do Exército, um convênio no valor de R$ 92 milhões, firmado entre os ministérios da Integração e da Defesa, permitirá que os militares construam os canais de captação de água. Serão 7,5 quilômetros de canais para interligar o rio às duas futuras estações de bombeamento de água: uma delas na região de Cabrobó (PE) e a outra, nas proximidades da barragem de Itaparica.

Quatro batalhões sediados no Nordeste estarão envolvidos nas obras inicias, coordenados pelo 1º Grupamento de Engenharia de Construção de João Pessoa (PB). Os militares pretendem aproveitar a experiência acumulada pela corporação, que há mais de um século atua na construção de açudes, estradas, pontes, ferrovias e poços nos estados nordestinos.

"O Batalhão de Engenharia já está inclusive na área, pronto para dar início às obras", contou o chefe de gabinete do Ministério da Integração. Pedro Brito esclareceu que o Exército não depende de licitação para iniciar as obras, como é o caso das empresas. A abertura das propostas de empresas interessadas em participar do projeto, por meio de licitação, estava prevista para amanhã (28), mas foi adiada para 26 de agosto.