Dezenas de estudantes se concentraram na porta da entidade para discutir a atual administração e decidiram pelo afastamento da diretoria.
Ana Patrícia é uma das estudantes lesadas com atraso na entrega das carteiras de meia-entrada
Pouca adesão à assembléia deliberativa dos estudantes para discutir as irregularidades da atual diretoria da União dos Estudantes Secundaristas de Alagoas (Uesa) hoje à tarde. Dezenas de estudantes se concentraram na porta da entidade para discutir a atual administração e decidiram pelo afastamento da diretoria.
Segundo os estudantes que compareceram à assembléia, o então presidente da Uesa, Lucas Alves, teria deixado uma dívida em torno de R$ 10 mil reais. “A energia foi cortada por falta de pagamento e fizeram uma ligação clandestina. Com o telefone foi a mesma coisa e só de com a Casal a Uesa deve cerca de R$ 7 mil reais”, explica o ex-presidente do Conselho de Entidade de Base e eleito, hoje, como presidente da entidade, Ivonaldo Feliciano da Silva Júnior.
Durante todo o dia a sede da Uesa se manteve fechada. Os estudantes disseram que os diretores da antiga gestão estiveram no prédio mas por causa da movimentação intensa fecharam a sede e foram embora.
A nova diretoria, que tomou posse hoje à tarde, explicou que as primeiras medidas a serem adotadas serão a quitação dos débitos deixados pelas gestões anteriores. De acordo com Ivonaldo, até o carro de som de propriedade da Uesa está preso em um posto de gasolina no bairro do Jacintinho por causa de um débito de R$ 3 mil.
Entre outras irregularides apresentadas pelos estudantes estava também a demora na entrega das carteiras de meia entrada. "Desde março que venho na sede e as pessoas da direção me dão alguma desculpa sobre a demora na entrega. Vou ter que dar entrada com um processo no Procom, assim como outros estudantes fizeram", ressalta a estudante, Ana Patrícia Melo.
Nos últimos anos a Uesa, vem passando por várias crises administrativas. Em fevereiro deste ano, Lucas Alves assumiu a presidência da entidade perante uma liminar judicial da juíza Maria Valéria Lins Calheiros, onde os estudantes acusavam o então presidente Cláudio Vital de improbidade administrativa.
A assembléia de hoje foi convocada por um grupo de oposição à gestão de Lucas, liderado pelo presidente do Conselho de Entidade de Base, Ivonaldo Peliciano Júnior e antigos integrantes da direção da Uesa.
O secretário-geral da entidade, Carlos Roberto, alegou que, não existe situação legal para a convocação da assembléia, mas de acordo com Feliciano, a convocação foi feita através do diário oficial do município do último dia 22.