Em clima de revolta e comoção de parentes e amigos, foi sepultado por volta das 11h – no Cemitério de São José – o taxista Adamilton José da Silva, 39 anos. Após o enterro, familiares e taxistas tentaram invadir a sede do CIAPC 3 em Cruz das Almas e bloquearam a Avenida Gustavo paiva, sentido litoral Norte.
Vó e mãe de Adamilton, passam mal durante sepultamento
Em clima de revolta e comoção de parentes e amigos, foi sepultado por volta das 11h – no Cemitério de São José – o taxista Adamilton José da Silva, 39 anos. Após o enterro, familiares e taxistas tentaram invadir a sede do CIAPC 3 em Cruz das Almas, já informações davam conta de que os suspeitos do crime se encontravam detidos naquela seccional. Depois de muito bate boca entre agentes policiais e os taxistas, a comitiva se dirigiu à Avenida Gustavo Paiva. Neste momento eles realizam uma queima de pneus e interditam o trânsito que dá acesso ao Shopping Iguatemi/ sentido Guaxuma.
Revoltados com a onda de assaltos e assassinatos a taxistas, a direção da Associação da categoria, liderada por José Adriano de Freitas, cobra uma ação rigorosa das autoridades policiais, visando coibir a violência que se abateu sob a categoria. “Ele estava apenas exercendo sua profissão, porque não há outra alternativa de trabalho em Alagoas. Vamos agora lutar com todas as nossas forças, não dá mais para agüentar essa situação. Se um policial tivesse sido assassinado, tenho certeza que os criminosos já estariam mortos por aí”, protestou José Adriano.
Também durante o protesto, onde os agentes policiais do CIAPC 3 solicitaram reforço policial – já que o clima ficou tenso no local e uma multidão formada por taxistas e familiares lotou o pátio da delegacia – os taxistas cobravam a presença do presidente do sindicato da categoria, Wbiracy Soares. “Nossa categoria está desasistida, sequer o presidente do sindicato está aqui com a gente. Ele só aparece para dar entrevista”, criticou o presidente da Associação dos taxistas, mostrando que há um racha na categoria.
Ainda na delegacia, taxistas revoltados pediam a soltura dos suspeitos para que fossem linchados, uma vez que, segundo eles, essa seria a maneira de dar um basta na violência que os acompanha diariamente. O delegado plantonista, Antônio Monteiro, reagiu às criticas, tentando acalmar os revoltosos, afirmando que "os três suspeitos de assassinarem o policial haviam sido deslocados para outra delegacia".
Os três suspeitos de terem cometido o crime:Tiago José Nunes, Cícero Pedro da Silva e Luiz Santos Calado – presos na noite de ontem – negam a autoria material do crime. A polícia aguarda, agora, a saída do exame residuográfico para comprovar se eles foram, ou não, os autores dos disparos que vitimaram mais um taxista em Maceió.