Na primeira sessão após a volta do recesso parlamentar, apenas dois deputados discursaram mas não discutiram nenhum projeto enviado à Assembléia Legislativa de Alagoas (Ale). Houve apenas citação da mensagem de número 37, na qual o governo do Estado pretende modificar a estrutura da secretaria Coordenadora de Articulação . Com semblantes demonstrando que “as férias” ainda não haviam terminado, o que se viu foi muita cena e pouca ação.
Após os cumprimentos do presidente da Casa, deputado Celso Luis (PMN), fizeram uso da palavra os deputados Gilberto Gonçalves (PP) e Alves Correia (PSB). Gonçalves falou sobre o sistema público de saúde, suas deficiências e progressos, que o Ipaseal Saúde não vem cumprindo suas obrigações, uma vez que, segundo ele, "os funcionários têm seus salários descontados para serem atendidos, mas isso não vem acontecendo nos hospitais, os quais não vêem recebendo o repasse dos recursos", salientou.
Já Correia discorreu sobre o clima de violência que se abateu sobre Alagoas, principalmente quando aos taxistas, a exemplo do assassinato de Adamilton José da Silva, morto na madrugada de sexta-feira para sábado, no bairro do Jacintinho.
Bastidores
Após os dois discursos, a sessão foi encerrada, enquanto nos bastidores, ou melhor, nos gabinetes da Casa de Tavares Bastos, os assessores assistiam o depoimento do deputado federal petista José Dirceu, direto de Brasília. O motivo de tanta excitação era o fato de que, pela primeira vez, Dirceu estaria frente a frente com Roberto Jéferson, chamado pelos cientistas políticos de “homem bomba”.
E o depoimento do “ex-primeiro minsitro petista” – como ficou marcada a atuação de Dirceu, causou ebulição entre os líderes petistas alagoanos. A prova disso é que o deputado Paulo Fernando dos Santos (o Paulão do PT) – um dos mais assíduos freqüentadores das sessões plenárias – também não compareceu a primeira sessão após o recesso.