No trabalho, em casa, nas lan houses, escolas ou faculdades a internet deixou de ser apenas uma novidade para fazer parte da rotina da população mundial. Em Maceió, quem não tem internet em casa paga pelo acesso preços que variam de um real para cada duas horas de uso à R$ 2,50 para navegar por 15 minutos.
No trabalho, em casa, nas lan houses, escolas ou faculdades a internet deixou de ser apenas uma novidade para fazer parte da rotina da população mundial. Uma pesquisa realizada com internautas norte-americanos mostrou que quem tem banda larga em casa assiste, por dia, cerca de duas horas a menos a televisão.
O estudo da Forrester Research entrevistou 69 mil residentes dos Estados Unidos e Canadá e revelou que nos próximos anos, as emissoras devem enfrentar uma queda ainda maior na audiência. Os usuários de banda larga devem passar de 31 milhões para 71,4 milhões, em 2010, somente nos Estados Unidos.
A era da internet também chegou ao Brasil. Uma pesquisa Ibope/ Net Ratings registra que, no segundo trimestre deste ano, mais de 18 milhões de pessoas acessam a rede regularmente em suas casas. No mês de abril, 65% dos internautas navegaram pela web durante o "horário nobre", entre 20h e 22h.
No setor econômico, a rede mundial também tem mostrado seus avanços. No ano passado, a Câmara E-net registrou 7,5 bilhões de vendas onlines, que movimentaram mais de 4,5 bilhões de reais. Em março, os brasileiros gastaram mais de 200 milhões de dólares no site de leilões online, do Mercado Livre.
Para o economista Fábio Leão, coordenador dos Arranjos Produtivos de Tecnologias da Informação do Sebrae, a internet é um mundo de possibilidades que ainda estão sendo descobertas. “A utilização da rede possibilita a democratização da informação e a simples possibilidade de acessar a informação sem barreiras já é uma mudança nas estruturas sociais”, afirma.
Embora a exclusão digital ainda faça parte do nosso cotidiano, Fábio Leão acredita que a internet também modifica a educação da população. “Quem possui acesso ao computador e à internet pode fazer cursos à distância, de graduação e até de pós-graduação”, explica Leão.
Quem não pode acessar a web em casa, no trabalho, na escola ou faculdade está pagando pelos minutos acessados. As chamadas “lan houses” estão espalhadas pela cidade e possibilitam o acesso a preços que variam de um real para cada duas horas de uso à R$ 2,5 para navegar por 15 minutos.
A Cybershop, situada no shopping Iguatemi há cerca de cinco anos, recebe, em média, quase 100 pessoas por dia. Segundo o funcionário Andrey Malta, são na maioria turistas e internautas que navegam para resolver problemas relacionados ao trabalho.
“A internet é o meio de comunicação que serve para pagar contas, saber das notícias do mundo e se relacionar com os outros”, afirma Malta, que só efetua seus pagamentos pela rede.
Entre os maiores usuários da web estão os jovens e adolescentes e os portais mais acessados são os que possibilitam o envio de mensagens instantâneas, como o Messenger e que interligam amigos, como o Orkut. Segundo a pesquisa do Ibope/Net Ratings feita em abril, o Brasil tem cerca de 6,6 milhões de usuários de mensageiros instantâneos.
É o caso do relações públicas Emanuel Rodrigues, de 25 anos, que realiza 70% de sua comunicação com os amigos pelo Messenger. “Eu uso muito os sites de busca, escuto mais música pela internet do que por um aparelho de som convencional e também escuto mais rádio pela web”, afirma Rodrigues.