A recusa dos países africanos de abandonar seu pedido de dois assentos permanentes com direito de veto no Conselho de Segurança da ONU ampliado significa um duro golpe para Brasil, Alemanha, Índia e Japão (G-4), disseram diplomatas nesta quinta-feira.
A recusa dos países africanos de abandonar seu pedido de dois assentos permanentes com direito de veto no Conselho de Segurança da ONU ampliado significa um duro golpe para Brasil, Alemanha, Índia e Japão (G-4), disseram diplomatas nesta quinta-feira.
Em reunião extraordinária hoje, a União Africana (UA) não conseguiu chegar a um acordo sobre a representação da África em um Conselho de Segurança ampliado.
Os países africanos da ONU e os do G-4 têm projetos concorrentes de ampliação do Conselho de Segurança e sem apoio majoritário. Eles criaram, então, uma comissão destinada a tratar do tema.
Os diplomatas do G-4 não se reuniram hoje.
"Estamos felizes que a UA tenha ficado unida, coerente em relação à posição que nós adotamos" na Líbia, em julho, disse o embaixador da Argélia na ONU, Abdallah Baali, opositor ferrenho da proposta do G-4.
"Achamos que a posição africana é uma posição realista, uma posição legítima", acrescentou.
O representante do Zimbábue na ONU, Boniface Chidyausiku, avaliou que a posição da maioria dos países da UA é motivada por uma questão de princípio e destinada a reparar uma injustiça histórica.
"A questão não é apenas entrar (no Conselho), mas entrar e ser eficaz", defendeu Chidyausiku. "O direito de veto deve ser suprimido, mas enquanto ele existir nós (a África) também devemos dispor dele", completou.