Ao meio dia do domingo, 7, o Alagoas 24 Horas anunciava em primeira mão o falecimento do empresário José Aprígio Vilela; assim como se pautou ao longo de seus quase dois meses de atuação no cenário noticioso de Alagoas. É sabido que o jornalismo isento, imparcial e democrático deve noticiar o que de relevante acontece na sociedade, onde nem sempre as melhores notícias marcam o cotidiano de um veículo de comunicação.
Ao meio dia do domingo, 7, o Alagoas 24 Horas anunciava em primeira mão o falecimento do empresário José Aprígio Vilela; assim como se pautou ao longo de seus quase dois meses de atuação no cenário noticioso de Alagoas.
É sabido que o jornalismo isento, imparcial e democrático deve noticiar o que de relevante acontece na sociedade, onde nem sempre as melhores notícias marcam o cotidiano de um veículo de comunicação.
A morte de José Aprígio Vilela, comoveu todo o Estado, não apenas pelos seus grandes feitos empresariais – reconhecidos inclusive pelos concorrentes – mas, pelo seu espírito empreendedor.
É freqüente, no entanto, que os falecidos tornem-se grandes personalidades, após suas mortes, entretanto neste caso especificamente, as obras deixadas por ele comprovam essa tese, isso porque, a exemplo da frase célebre do padre Antônio Vieira, “para falar ao vento bastam palavras, mas, para falar ao coração são necessárias obras”.
As obras de José Aprígio são sólidas, não porque mostraram sua vocação para o meio empresarial, mas, pelo que têm gerado à economia alagoana, seja na geração de ICMS aos cofres públicos ou nas centenas de empregos que são o sustentáculo de inúmeras famílias alagoanas.
À sua subida ao plano superior, parece ter paralisado a capital alagoana nesta segunda-feira, 8. fato que pôde ser constato pelas equipes de reportagem do Alagoas 24 Horas durante todo o dia. Seja pela comoção em virtude da forma dolorosa como se deu o seu passamento ou por tratar-se de um empresário bem sucedido e de família tradicional.
Especulações à parte, o fato é que, durante todo o dia, as notícias em Alagoas minguaram; desde a inauguração deste portal de informações, nunca se viu uma segunda-feira tão monótona, tão parada, tão sem fatos, sem pautas…
As frases de pesar e o sentimento de perda que se abateu neste dia 8, ecoaram de norte a sul do Estado, nos meios político e empresarial, na casa grande e na senzala – metaforicamente falando obviamente. Mas a palavra que resumiu de forma singular quem foi José Aprígio Vilela, foi dita pelo seu amigo e sócio, empresário Emerson Tenório. Segundo ele, Aprígio foi “um conciliador, um homem que ia ao extremo para estabelecer a harmonia entre os amigos".
Presume-se que ele tenha herdado o dom da conciliação do pai, Teotônio Vilela. Um homem, a exemplo de José Aprígio, também à frente do seu tempo. Um político que, mesmo doente como o filho, não se abateu, lutou incansavelmente pela redemocratização, durante as Diretas Já.
Caso o comportamento conciliador não tenha sido uma herança do velho "Menestrel das Alagoas" – como assim ficou eternizado – pode ter advindo do seu labutar nas atividades ligadas ao setor sucro-alcooleiro, isso porque, a exemplo do que disse, profeticamente, D. Hélder Câmara, “os homens seriam mais felizes caso seguissem o exemplo da cana, que mesmo ao receber o Sol, a chuva, o calor intenso do fogo e causticante das fornalhas, só oferece doçura”. Assim foram os vôos desse conciliador, determinados com a força de um marechal, mas inspirados com a doçura que vem da cana.