Cerca de 120 delegados da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) decidiram dar início a uma mobilização nos estados para o ato nacional com marcha a Brasília, programado para acontecer no início de setembro. A idéia é cobrar do governo o cumprimento do acordo que pôs fim à greve da categoria há 15 dias.
Brasília – Reunidos hoje em uma plenária nacional, em Brasília, cerca de 120 delegados da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) decidiram dar início a uma mobilização nos estados para o ato nacional com marcha a Brasília, programado para acontecer no início de setembro. A idéia é cobrar do governo o cumprimento do acordo que pôs fim à greve da categoria há 15 dias. Os servidores públicos federais pedem o adiantamento de uma gratificação para os trabalhadores do chamado Plano de Cargo e Carreira.
A Condsef representa 400 mil filiados nos sindicatos e 700 mil na base da categoria. Reúne os servidores civis das Forças Armadas e os servidores ligados à administração pública e que não têm plano de carreira específico, como os dos ministérios das Minas e Energia, das Comunicações e da Educação e os da Funai (Fundação Nacional do Índio), entre outros. São funcionários que continuam ganhando a Gratificação de Técnico Administrativo. Eles somam, segundo a Condsef, cerca de 70% dos servidores públicos lotados no Executivo federal.
"Nós vamos entregar um documento ao governo dando um prazo para que, até o final de agosto, ele nos dê uma resposta sobre o acordo que nós fizemos, tendo em vista que nós vamos mobilizar a categoria para, provavelmente na próxima plenária depois da marcha, caso o governo não venha nos responder a contento, dar prosseguimento à greve", disse o secretário de Administração da Executiva da Condsef, Gilberto Gomes. O encaminhamento, segundo ele, é no sentido de as entidades de base votarem ao seus estados e fazerem as suas assembléias de mobilização.
Gomes explicou que a categoria estará fazendo, ao longo do dia, uma avaliação da agenda de negociações que foi acertada com o governo antes do término da greve. "Nós cumprimos a nossa parte e retornamos ao trabalho e o governo não cumpriu a dele", afirmou, acrescentando que em 15 de julho teriam sido feitas, numa reunião com o setor técnico do governo, projeções de como ficaria esse adiantamento reivindicado pela categoria.