O chefe de Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins, vai pedir que o goleiro Júlio César, ex-Flamengo e hoje na Inter de Milão, seja intimado a depor na Polinter, para esclarecer sua relação com Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-te-vi, chefe do tráfico da Favela da Rocinha. Conversas gravadas com autorização da Justiça revelam que os dois conversaram por telefone pelo menos duas vezes.
O chefe de Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins, vai pedir que o goleiro Júlio César, ex-Flamengo e hoje na Inter de Milão, seja intimado a depor na Polinter, para esclarecer sua relação com Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-te-vi, chefe do tráfico da Favela da Rocinha. Conversas gravadas com autorização da Justiça revelam que os dois conversaram por telefone pelo menos duas vezes.
Nas gravações, o traficante não reconhece a voz do goleiro, mas depois diz que estava com ”saudade” e convida Júlio César a visitá-lo na favela.
Em uma segunda conversa, o ex-goleiro do Flamengo conta ter presenciado um assalto na entrada da Rocinha. Depois de contar o caso, Júlio diz que queria avisá-lo porque sabe que ”a galera do morro não pode pegar nada de ninguém aqui embaixo”. O goleiro afirma ainda que se isso voltasse a acontecer, daria ”um toque” em Bem-Te -Vi.
Em entrevista ao Extra, o jogador confirmou que a voz é dele e que conhece Bem-Te-Vi, mas negou ser seu amigo. Afirmou que falou com o traficante por insistência de ”uma pessoa”, que nas gravações usa o nome de Marcelo.
Segundo a chefe do setor de investigações da Polinter, Marina Magessi, Álvaro Lins determinou que Júlio César preste depoimento para esclarecer o teor das conversas e qual é o grau de intimidade entre eles.
– Queremos saber quem é a pessoa ou as pessoas que o induziram a manter conversas com o traficante – disse Magessi.