O reajuste do salário mínimo poderá ser votado até amanhã, na Câmara dos Deputados. Os líderes dos partidos se reuniram esta manhã com o presidente da Casa, Severino Cavalcanti (PP-PE), para tentar chegar a um acordo e resolveram voltar a se encontrar às 17 horas, após conversar com as bancadas de seus partidos.
O reajuste do salário mínimo poderá ser votado até amanhã, na Câmara dos Deputados. Os líderes dos partidos se reuniram esta manhã com o presidente da Casa, Severino Cavalcanti (PP-PE), para tentar chegar a um acordo e resolveram voltar a se encontrar às 17 horas, após conversar com as bancadas de seus partidos.
Os deputados devem votar a Medida Provisória enviada pelo Executivo que reajustou em 1º de maio o salário mínimo e R$ 260,00 para R$ 300,00. Na semana passada, o Senado rejeitou o texto já aprovado na Câmara e votou um aumento ainda maior no mínimo para R$ 384,29. Agora, os deputados deverão fazer uma nova votação da matéria: podem rejeitar o texto aprovado pelos senadores, mantendo o valor votado da Câmara, ou aprovar a elevação do mínimo.
O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que o país não tem como pagar o reajuste aprovado pelos senadores. "O país, lamentavelmente, os municípios não têm como pagar", afirmou. "É claro que todo e qualquer deputado, sem exceção, nós gostaríamos de propor um salário mínimo bem maior do que aquilo que foi aprovado aqui", acrescentou.
No entanto, o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), afirmou que o partido não vai abrir mão do aumento no mínimo. Segundo ele, o reajuste não vai "quebrar" o Brasil. O deputado disse que o superávit primário no país (a diferença entre receita e despesas do país sem considerar o pagamento dos juros de dívidas) é forte e que o governo pode cortar também despesas do orçamento.
Para o deputado Severino Cavalcanti, o aumento do salário mínimo votado pelos senadores foi um dos "momentos mais infelizes no Senado". Segundo ele, o Brasil não pode suportar o reajuste. ‘Nós temos que ter um pouco de cautela como vamos agir e o Senado lamentavelmente tomou uma posição que não é a melhor para o país".