O governo liberou R$ 1 bilhão para gastos públicos e investimentos este ano. Metade do valor, R$ 500 milhões, já estavam previstos no relatório enviado ao Congresso em junho.
Brasília – O governo liberou R$ 1 bilhão para gastos públicos e investimentos este ano. Metade do valor, R$ 500 milhões, já estavam previstos no relatório enviado ao Congresso em junho.
A medida foi anunciada hoje (16) em entrevista coletiva pelo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão Paulo Bernardo. O ministro afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem cobrado dos ministérios desde o começo do ano a execução dos projetos previstos para 2005.
"Vamos aplicar em algumas áreas que têm nos pedido e isso ajuda o processo de gestão, e a melhorar a execução orçamentária de cada ministério", afirmou Bernardo, em entrevista coletivapara divulgar a liberação de verba.
A maior parte do recurso liberado, R$ 350 milhões, irá para a estatal Infraero, responsável pela administração dos aeroportos do país. O ministério que receberá o maior valor da liberação é o da Fazenda, com R$ 170 milhões. O Ministério das Cidades será o segundo, com R$ 79 milhões, para o projeto Habitar. A Presidência da República vai contar com R$ 45 milhões para o projeto Projovem.
Parte da verba vai ser usada pelos ministérios para atender a emendas parlamentares, mas o ministro afirma que se fossem atendidos todos os pedidos dos congressistas a conta ficaria em mais R$ 5 bilhões.
"Estamos liberando R$ 1 bilhão porque é aquilo que temos entre o que foi arrecadado e as sobras que foram canceladas, e isso não tem qualquer sentido com a crise política que está acontecendo", defendeu Paulo Bernardo. Ele afirmou que os ministros têm autonomia para realizar as emendas. Do total de R$ 1 bilhão, cujo decreto vai ser assinado amanhã, R$ 500 milhões corresponde ao que foi arrecadado a mais e os outros R$ 500 milhões se referem ao cancelamento de despesas.