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Japoneses criam pele artificial capaz de ‘sentir’ pressão e calor

Pesquisadores da Universidade de Tóquio desenvolveram uma pele artificial que pode dar aos robôs um sentido de toque semelhante ao dos humanos.

BBC

No fututo, peles artificiais poderão sentir umidade, tensão ou som

Pesquisadores da Universidade de Tóquio desenvolveram uma pele artificial que pode dar aos robôs um sentido de toque semelhante ao dos humanos.

Eles fabricaram um tipo de "pele" capaz de sentir pressão, e outra capaz de sentir variações de temperatura.A descoberta foi anunciada na última edição da revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences.

As "peles" são suficientemente flexíveis para serem utilizadas para envolver dedos robóticos e relativamente baratas, segundo os pesquisadores.

Os cientistas japoneses dizem que as redes de detecção de pressão e de temperatura podem ser laminadas conjuntamente, formando uma pele artificial que pode detectar ambas as propriedades simultaneamente.

Segundo eles, no futuro será possível até mesmo fazer uma pele eletrônica com funções que a pele humana não tem.
As peles artificiais do futuro poderiam incorporar, por exemplo, sensores para luz, umidade, tensão e som, dizem eles.

Imitação fiel

O autor principal da pesquisa, Takao Someya, já havia desenvolvido anteriormente uma espécie de pele artificial capaz de sentir pressão.

Mas a capacidade de sentir também a temperatura permite aos cientistas imitar com mais fidelidade as funções da pele humana.
Someya e seus colegas usaram circuitos eletrônicos como sensores de pressão, e semi-condutores como sensores de temperatura. Eles incorporaram estes sensores em um fino filme plástico para criar uma rede de sensores.

Os transístores usados nos circuitos e nos semi-condutores são feitos com materiais orgânicos, baseados em cadeias de átomos de carbono. Isso os torna mecanicamente flexíveis e relativamente baratos.

"Essas duas características soam interessantes. Parece que esse material pode ter muitas funções", disse à BBC Douglas Weibel, do departamento de química e biologia química da Universidade Harvard.

"Os materiais que eles estão usando podem não ser inteiramente novos, mas a sua integração parece que é."