A temporada de ventos fortes que atinge as praias do litoral alagoano deverá influenciar o curso das marés nos próximos três meses. De acordo com o meteorologista Luís Carlos Molion, do Departamento de Meteorologia da Ufal, o fenômeno é previsível e não está associado às alterações climáticas que provocam enchentes e queimadas na Europa.
A temporada de ventos fortes que atinge as praias do litoral alagoano deverá influenciar o curso das marés nos próximos três meses. De acordo com o meteorologista Luís Carlos Molion, do Departamento de Meteorologia da Ufal, o fenômeno é previsível e não está associado às alterações climáticas que provocam enchentes e queimadas na Europa.
“A partir de setembro, teremos ondas mais altas chegando a atingir 2 metros de altura, quando o normal durante o ano é não ultrapassarem 1,5 metro”, disse o meteorologista, que justifica a alta das marés explicando a influência dos ventos fortes que circulam pelo litoral alagoano nos meses de setembro a dezembro.
Segundo o meteorologista, a partir do próximo dia 22 de setembro e até o início do mês de dezembro, as praias do litoral alagoano estarão sob a orientação dos ventos nordeste e sudoeste. “Esses ventos perpendiculares à costa fazem com que as ondas atinjam alturas maiores”, disse.
“No mês de setembro, com a chegada oficial da primavera, o continente sul-americano passa a ser aquecido pelo sol, que ao passar para o hemisfério Sul, torna os ventos mais fortes e intensos”, traduz o especialista.
Na orla de Pajuçara a Jatiúca, pescadores e banhistas presenciaram, hoje pela manhã, ondas mais intensas que de costume. Mesmo assim, Luís Molion diz que ainda não é possível antever se os ventos registrados este ano serão mais intensos que os de 2004, provocando portanto, ondas superiores ao estimado para este período.
Em 1996, quando os ventos atingiram 48 quilômetros por hora, a praia de Guaxuma chegou a registrar ondas de 3,5 a 4 metros de altura. Entretanto, o meteorologista garante que este fenômeno, comum em locais de praia aberta, não deverá se repetir em 2005.
Luís Molion acrescentou que o Departamento de Meteorologia da universidade permanecerá em alerta monitorando dados da Aeronáutica e do Radar Meteorológico.