O ex-governador do Rio e presidente regional do PMDB, Anthony Garotinho, já se apresentou como candidato do PMDB no Rio de Janeiro para a corrida presidencial de 2006. O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, também é cotado para representar o partido. A disputa que vai definir o nome do PMDB para a eleição à Presidência da República ocorre em março de 2006.
Anthony Garotinho disse hoje que sua candidatura não é fruto de um desejo pessoal e sim de uma vontade do diretório do PMDB no Rio de Janeiro. O ex-governador afirmou que vai constituir uma equipe de trabalho para sua pré-candidatura e definir metas para sua campanha.
Na segunda-feira, um evento chamado Ato Manifesto Garotinho – Nosso Presidente, organizado pela direção estadual, pelas bancadas federal e estadual, e pelos prefeitos do PMDB-RJ foi realizado para apoiar a candidatura de Garotinho à sucessão de Lula, em 2006.
Os peemedebistas fluminenses defendem que o partido tenha candidato próprio para presidente do Brasil e que apresente um projeto alternativo que realize profundas reestruturações. "Não é hora legal, mas é hora de um comunicado interno. Garotinho é a representação de um Brasil que nós queremos, de um Brasil soberano, de um Brasil social", disse o senador Sergio Cabral.
Os pré-candidatos poderão se inscrever até 15 de fevereiro, segundo a assessoria de imprensa da legenda. Pode se inscrever qualquer filiado ao PMDB desde que indicado por um diretório estadual. Se nenhum candidato obtiver maioria, um segundo turno ocorre uma semana depois.
A definição do colégio eleitoral, assim como de outros detalhes das prévias, ficou para reunião da Executiva marcada para o próximo dia 14. Segundo o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), a escolha de um candidato próprio a presidente não é incompatível com o atual apoio ao governo. "Somos pela candidatura própria e pela governabilidade até o fim do governo", disse Suassuna a jornalistas no Congresso.
A Executiva decidiu também retirar da comissão de ética do partido o nome dos novos ministros peemedebistas do governo, em uma tentativa de buscar reunificar um partido tradicionalmente rachado. A representação na comissão havia sido feita porque os ministros teriam assumido seus cargos contrariando decisão da direção do partido.