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Teotônio afirma que governo Lula está paralisado pela incompetência

"Em Alagoas,só há uma obra federal em execução: a ampliação do aeroporto, ainda assim porque a Infraero é superavitária, não depende de verbas do orçamento" diz o senador.

Em discurso no Plenário hoje, o senador Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL) afirmou que o governo federal está paralisado de norte a sul do país por incompetência. Em Alagoas, disse o senador, só há uma obra federal em execução: a ampliação do aeroporto, ainda assim porque a Infraero é superavitária, não depende de verbas do orçamento.

"Tudo o mais está parado. Pararam as obras das adutoras do sertão e do agreste. Parou o programa de saneamento básico, que, no governo Fernando Henrique, estava beneficiando 99 municípios do estado, com melhorias sanitárias domiciliares, ligações de água e esgotamento sanitário, um investimento já liberado e aplicado de mais de 80 milhões de reais" declarou o senador.

Teotônio Vilela Filho citou, entre as obras iniciadas no governo FHC e paralisadas pelo governo Lula, o Canal do Sertão, no semi-árido de Alagoas. Previsto para ser construído em três etapas, o canal deveria levar água do Rio São Francisco para 27 municípios alagoanos extremamente pobres. O senador afirmou que a transposição do São Francisco, anunciada pelo governo Lula, não passa de um projeto eleitoreiro, com validade limitada até às eleições do próximo ano.

Os jornais de Maceió, lembrou o senador, noticiaram esta semana que parou também o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil em Arapiraca – considerado o segundo maior do Brasil em termos proporcionais. O governo federal deixou de repassar, há dois meses, o dinheiro para o pagamento dos 180 servidores que trabalham no programa, deixando sem dinheiro também as famílias das mais de seis mil crianças beneficiadas, o que fez com que muitas delas voltassem a trabalhar.

Para Teotônio Vilela Filho, a discussão no governo Lula a respeito do superávit primário – que já alcançou o patamar considerado por ele absurdo, de 4,5% do PIB – é inócua e irrelevante, pois a dívida do país aumenta e as taxas de juros sobem. Mais superávit, argumentou, significa menos recursos para programas sociais, mas o governo não tem usado os recursos de que dispõe.

"Há recordes sucessivos e crescentes na arrecadação. A voracidade fiscal, agora, só é comparável ao apetite insaciável dos receptores do mensalão. A competência desse governo é outra, como têm mostrado as muitas CPIs em funcionamento no Congresso"afirmou o representante alagoano.