A Hemobrás permitirá a produção nacional de hemoderivados, principalmente fatores de coagulação, albumina e imunoglobulina - medicamentos utilizados no tratamento de pacientes com hemofilia, câncer, aids e doenças infecciosas.
O Brasil dá mais um passo importante para a criação da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). Foi nomeada hoje a estrutura organizacional da empresa, composta por Diretoria Executiva e Conselhos Administrativo e Fiscal. A Hemobrás permitirá a produção nacional de hemoderivados, principalmente fatores de coagulação, albumina e imunoglobulina – medicamentos utilizados no tratamento de pacientes com hemofilia, câncer, aids e doenças infecciosas.
Para a presidência da empresa foi escolhido o médico João Paulo Baccara, que coordena a Política Nacional de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde. O médico hematologista e hemoterapeuta Luiz de Melo Amorim Filho como membro da Diretoria Executivo. Também foram nomeados os sete representantes do Conselho Administrativo e os quatro membros (titular e suplemente) do Conselho Fiscal da empresa.
Criada em março de 2005, pelo decreto presidencial nº 5.402, a Hemobrás terá sede em Brasília (DF) e a sua planta industrial ficará no município de Goiana (PE). A expectativa é que a produção de hemoderivados inicie daqui a quatro anos. O custo estimado para implantar a Hemobrás é de cerca de 65 milhões de dólares.
Atualmente, o Ministério da Saúde gasta em torno de 120 milhões de dólares com a importação de hemoderivados para atender os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a Hemobrás, aos poucos, o governo brasileiro poderá alcançar a auto-suficiência na produção desses produtos. Isso significa que o Brasil se tornará independente de outros países na aquisição de hemoderivados.
A Hemobrás poderá também desenvolver e fabricar produtos de biotecnologia, que permitirá o desenvolvimento científico, tecnológico e econômico da Região Nordeste. Mais de 150 empregos diretos serão criados com a nova fábrica.
Os hemoderivados são substâncias fabricadas a partir do fracionamento do plasma humano (um dos componentes do sangue). Anualmente, o Brasil recebe 3,5 milhões de doações de sangue, o que resulta em um volume de plasma excedente de 450 mil litros, que poderia ser utilizado na produção de hemoderivados. Com a criação da Hemobrás será possível fracionar entre 400 mil e 500 mil litros de plasma por ano.
Diretor Presidente – João Paulo Baccara Araújo
Diretor – Luiz de Melo Amorim Filho
Conselho Administrativo – Márcia Aparecida do Amaral, José Agenor Álvares da Silva, Helvécio Miranda Magalhães Júnior, Kélvia Frota de Albuquerque, Noel Dorival Giacomitti, Crescêncio Antunes da Silveira, Paulo Henrique Dantas Antonino.
Conselho Fiscal – Arionaldo Bomfim Rosendo, Erasmo Ferreira da Silva, Valter Reikiti Toguchi, Fabiana Magalhães de Almeida.