Os alagoanos que ajudaram a escrever a história do País são desconhecidos pela maior parte da população. A constatação é do professor e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), Jayme Lustosa de Altavila.
Os alagoanos que ajudaram a escrever a história do País são desconhecidos pela maior parte da população. A constatação é do professor e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), Jayme Lustosa de Altavila.
Ele observa que um retrato dessa realidade são os monumentos às principais personalidades do Estado, espalhados pelas praças e logradouros públicos de Maceió e desconhecidos de boa parte da população.
Para o professor, a única alternativa capaz de aproximar a sociedade dos personagens vultuosos, que ajudaram a construir a nossa história é a educação. Ele afirma que o estado é vítima de um pessimismo histórico, que impede a valorização dos personagens e da cultura local e defende uma mudança completa deste tipo de comportamento.
“Falta espírito de bairrismo ao alagoano”, enfatiza, esclarecendo que apesar de Alagoas estar situada entre dois estados bairristas, Sergipe e Pernambuco, a realidade vivenciada aqui é bem diferente. “Nestes estados, os personagens vultuosos são enaltecidos na escola, todos os conhecem”, complementa.
O professor avalia que Alagoas não precisa se espelhar nos vultos de outros Estados. “Temos dezenas de personagens que participaram da história do Brasil”, argumenta.
Jaime de Altavila destaca a iniciativa do governador Ronaldo Lessa de recuperar a praça Marechal Floriano Peixoto, inaugurada em 24 de dezembro de 1908. Para ele, a reforma da praça “deu um ar digno à sede do Executivo”.
O professor avalia que o exemplo deveria ser seguido pela prefeitura de Maceió, para recuperar os principais logradouros, como as praças Deodoro, Visconde de Sinimbu, Dom Pedro II, Zumbi dos Palmares e da Assembléia Legislativa. Para ele, todas essas praças possuem uma importância histórica para Alagoas.
“Todos esses locais já foram invadidos pelos sem–terra, estão deteriorados. Cheguei a ver uma corda estendida no pé da estátua de Floriano Peixoto, usada para secar roupa”, declarou.