Em entrevista à TV Mar (Canal35 da Big TV), o vice-governador Luís Abílio Sousa Neto afastou qualquer possibilidade de renunciar ao cargo em abril do próximo ano para ser nomeado conselheiro do Tribunal de Contas. "Essa hipótese não existe" respondeu Abílio, taxativamente, ao responder a pergunta do jornalista Flávio Gomes de Barros.
Essa possibilidade de Luís Abílio se afastar simultaneamente ao governador Ronaldo Lessa (que deve renunciar em abril de 2006 para concorrer ao Senado Federal) vinha sendo cogitada nos bastidores, com outro componente: vago o cargo de governador, a Assembléia Legislativa escolheria o governador-tampão, que seria seu atual presidente, deputado Celso Luiz.
Nesse hipótese, Celso Luiz, uma vez investido no cargo de governador, seria candidato à reeleição, fazendo dobradinha com Ronaldo Lessa, candidato ao Senado. Luís Abílio, como compensação, sedia nomeado conselheiro do TC estadual. "Isso me cheira a conchavo e não fui eleito vice-governador para isso. Não mancharia uma carreira de 40 anos no serviço público com isso. Além do mais, que eu saiba só vai haver vaga de conselheiro do Tribunal de Contas em 2007", argumentou Abílio.
Lançado candidato a governador em 2006 por seu partido, o PSB, Luís Abílio explicou que não tem ambição por isso mas que, deixando a modéstia de lado, se sente em condições de exercer o cargo, de forma efetiva. Reconheceu, ainda, o direito de Ronaldo Lessa, atualmente no PDT, tentar negociações para que o senador Renan Calheiros, do PMDB, seja candidato a governador, em dobradinha com ele próprio. "O Ronaldo está fazendo tudo isso às claras e estou tendo conhecimento dos entendimentos", explicou Luís Abílio.