Wolkmar dos Santos era a testemunha-chave das investigações da “guerra” entre policiais civis que levou à morte várias pessoas. Ele era integrante da quadrilha e trabalhava como motorista do bicheiro Plínio Batista e de outros integrantes.
Foi enterrado ontem, no município de Viçosa, a testemunha-chave do caso que investiga a “guerra” entre policiais civis que levou à morte várias pessoas.
Wolkmar dos Santos foi encontrado morto em um matagal do município onde morava e a confirmação de sua morte saiu apenas hoje.
Ano passado, Wolkmar chegou a pedir para ser incluído, juntamente com sua esposa, Ana Maria dos Santos, e seu filho, no Programa de Proteção às Testemunhas do Ministério da Justiça alegando que poderia ser vítima da vingança da quadrilha.
A testemunha-chave esteve preso por mais de uma ano no Presídio Baldomero Cavalcante, sendo solto há alguns meses por ordem judicial.
Wolkmar era integrante da quadrilha envolvida na “guerra” entre policiais civis e trabalhava como motorista do bicheiro Plínio Batista e de outros integrantes.
Em depoimento reservado ao juiz da 1ª Vara Criminal de Maceió, Daniel Accioly – em maio do ano passado -, ele revelou que o assassinato da deputada federal Ceci Cunha e de mais três parentes foi planejado e executado pelos policiais civis Robson Rui Gomes de Araújo, Fininho, Valter Santana e Sinvaldo Feitosa, os dois últimos assassinados na “guerra” entre policiais civis.
Segundo Walkmar, a morte de Ceci Cunha foi encomendada pelo então governador Manoel Gomes de Barros, que teria pago ao grupo para a execução da deputada federal.
A testemunha afirmou que Robson Rui, Sinvaldo, Fininho e Valter Santana participaram do homicídio e que a “guerra” entre Robson Rui e Valter Santana começou na divisão do dinheiro pago pela morte da deputada Ceci Cunha. Segundo ele, Robson Rui recebeu a menor parte do dinheiro (R$ 300 mil), gerando daí a inimizade com Valter Santana.