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Nonô preside sessão que votará a cassação de Roberto Jerfferson

Até ontem, Severino confirmava que presidiria a sessão. Hoje, com a divulgação do cheque de R$ 7,5 mil que supostamente comprova a cobrança de propina do presidente da Casa feita ao empresário Sebastião Buani, a situação ficou difícil para Severino.

O primeiro vice-presidente da Câmara, José Thomaz Nonô (PFL-AL), informou hoje que irá presidir a sessão em que será votada a cassação do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Nonô disse que conversou pelo telefone com o presidente da Casa, Severino Cavalcanti (PP-PE), e que ele não irá hoje ao Congresso.

Até ontem, Severino confirmava que presidiria a sessão. Hoje, com a divulgação do cheque de R$ 7,5 mil que supostamente comprova a cobrança de propina do presidente da Casa feita ao empresário Sebastião Buani, a situação ficou difícil para Severino.

"Ele não tem condições de presidir. Não há clima", avaliou o líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ). Segundo Maia, a oposição não pretende a votação, mesmo que Severino esteja no comando.

Em relação à votação ninguém arrisca um placar. Os líderes partidários, com exceção do líder do PTB, José Múcio Monteiro (PE), acreditam que Jefferson perderá o mandato.

Já Múcio, disse que ainda tem esperança de que o plenário reverta a decisão do Conselho de Ética, que pediu por unanimidade a cassação do mandato de Jefferson. "O resultado que arrisco é que ele será absolvido. É para isto que estou trabalhando."

Nas contas dos deputados, a cassação de Jefferson pode contar com 300 votos, um placar considerado apertado, já que o processo, para ser aprovado, precisa de maioria absoluta de votos, isto é, 257.

O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), argumentou que é difícil fazer um prognóstico porque a votação é secreta. "No caso contra o ex-deputado André Luiz, mesmo com todo mundo falando a favor da sua cassação, ele ainda recebeu mais de 180 votos a seu favor."