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Região Sudeste avalia combate à Tuberculose

Os mineiros são os cidadãos do Sudeste do país com menor risco de contrair tuberculose. Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, Minas Gerais tem incidência de 26,7 casos por 100 mil habitantes, com base em dados de 2003.

O Programa de Controle da Tuberculose (PNCT), executado em conjunto pelo Ministério da Saúde, estados e municípios, tem registrado queda nos índices nos estados do Sudeste. Os mineiros são os cidadãos do Sudeste do país com menor risco de contrair tuberculose. Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, Minas Gerais tem incidência de 26,7 casos por 100 mil habitantes, com base em dados de 2003.

O Rio de Janeiro é o estado com maior incidência na região, com 57,6 casos por 100 mil habitantes mas teve uma redução considerável de casos: 90,8 casos registrados por 100 mil habitantes. Atualmente, São Paulo tem 40,6 por 100 mil e o Espírito Santo, 40,4 por 100 mil. Em 2002, São Paulo, registrou 49,6 casos por 100 mil, o Espírito Santo, 42,4. Minas Gerais foi o único que apresentou ligeiro aumento, passando de 23,2 para 26,7 casos por 100 mil habitantes. Em todo o país, a incidência da tuberculose vem caindo. Em 2002 era de 46,4 por 100 mil e, em 2003, foi de 41,9.

Esses números e outras questões inerentes ao PNCT serão discutidos pelos gestores dos programas dos quatro estados da região Sudeste, em Belo Horizonte, nos dias 14 e 15 de setembro, no Hotel Ouro Minas (Avenida Cristiano Machado, 4001).

Tratamento –

Uma das principais metas do programa é a descentralização do Tratamento Supervisionado (TS). Em 2001, apenas 21% das unidades de saúde do país ofereciam o TS. Em 2004, o percentual passou para 52% e a meta do programa é alcançar pelo 70% das unidades até o final de 2005. O TS prevê que o paciente tome o medicamento acompanhado por um profissional de saúde. Esta estratégia diminui o abandono do tratamento. No entanto, se o paciente não encontrar o tratamento em uma unidade de saúde perto de casa, vai ter dificuldades se tiver que arcar com os custos de transporte até outro local.

O tratamento contra tuberculose é gratuito. O medicamento deve ser tomado por, no mínimo, seis meses. Logo no início, a pessoa cessa de transmitir a doença. No entanto, como a pessoa se sente bem nos primeiros meses, isso acaba contribuindo para o abandono do tratamento, impedindo a cura e fazendo com o bacilo causador volte a ser transmitido para outras pessoas.

No Brasil, a tuberculose é tratada pelo Governo Federal como prioridade, uma vez que ainda é das doenças que mais preocupam os profissionais da saúde pública. Desde 2004, o Ministério da Saúde iniciou a aplicação de R$ 119,5 milhões no PNCT, maior investimento dos últimos dez anos, para aprimorar as ações contra a doença.

O recurso permitirá, até 2007, capacitar profissionais de saúde para o diagnóstico, tratamento e vigilância epidemiológica da doença; integrar informações com o Programa Nacional de HIV/Aids; adquirir equipamentos para laboratórios; e garantir transporte e alimentação para os acometidos em tratamento.

Os principais objetivos do programa é descobrir, no mínimo, 70% dos casos estimados de tuberculose e curar pelos menos 85% desses. Atualmente, o Brasil apresenta 70% de índice de cura dos casos tratados e cerca de 12% de abandono do tratamento. Aproximadamente, 8% dos pacientes com tuberculose também têm aids.

A tuberculose é uma doença grave, transmitida pelo paciente quando ele fala, espirra ou tosse, por meio das gotas de secreção respiratória que se propagam pelo ar. Causada por um microorganismo, o bacilo de Koch, cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis, a enfermidade pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial os pulmões. O tratamento é gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).